Maria do Rosário defende instalação de CPI para investigar escândalos do Ministério da Educação

Corrupção no MEC precisa ser investigada, defendem deputados. Foto: ABr

Deputada Maria do Rosário. Foto: Gabriel Paiva

A deputada Maria do Rosário (PT-RS) defendeu em plenário, nesta terça-feira (26), a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os escândalos do Ministério da Educação. “É mais do que justo que a Câmara dos Deputados ou o Congresso viessem a instituir, de fato, a CPI do MEC. Em cada uma das Pastas do Brasil, sobretudo, naquelas que mais interessam ao povo brasileiro, na da Educação, na da Saúde, no Ministério da Justiça, nos temas da segurança pública, nos temas do atendimento à população, em todas essas áreas há corrupção no governo Bolsonaro”, afirmou.

Mas, na avaliação da deputada, “a corrupção mais abjeta, que nos provoca mais indignação, se é possível assim referir, é aquela que acontece dentro do Ministério da Educação”. Ela citou que nos últimos 5 anos, o investimento público em Educação atingiu o menor patamar desde 2012, segundo um estudo do Inesc. “De 2019 a 2021, neste péssimo período de governo Jair Bolsonaro, a educação deixou de receber investimentos na ordem de R$ 8 bilhões, mas, enquanto isto, os bezerros de ouro eram acomodados de uma forma vil e covarde, com a troca de influência, com o jogo político da pior espécie de quem prometeu aos brasileiros e brasileiras uma seriedade que nunca teve nem sequer como parlamentar”, criticou.

Para Maria do Rosário, quem sabota a educação, como faz o governo Bolsonaro, sabota a infância. Ela citou a poetisa chilena Gabriela Mistral, que disse que o nome da criança é hoje. “Por isso, por cada tostão transformado em propina e em corrupção, retirado da educação pelo governo Bolsonaro e por ex-ministro que carrega arma e acaba inclusive ferindo uma pessoa no Aeroporto de Brasília — esta espécie de gente está no lugar errado e não pode continuar na República —, quero sustentar em alto e bom som que faria bem à Câmara dos Deputados instituir uma CPI do MEC para limpar a educação da nefasta influência da antipolítica, antibrasilidade, antidireitos e antieducação deste desgoverno”, reforçou.

Maria do Rosário acrescentou que a educação é base do desenvolvimento para o futuro apenas se ela estiver sendo valorizada no presente. “No governo Bolsonaro, ela não é só desvalorizada, ela está sendo destruída — mas não com o nosso apoio, e sempre com a nossa oposição e indignação neste plenário”, completou.

Arma disparada

Deputado Célio Moura. Foto: Gabriel Paiva

O deputado Célio Moura (PT-TO) também usou a tribuna para criticar o episódio ocorrido com o ex-ministro da Educação no Aeroporto de Brasília. “Em vez de estar publicando um livro, fazendo uma palestra, dando exemplo para o País, ele espalha terror no Aeroporto de Brasília. Com uma arma disparou um tiro que quase matou a atendente da empresa Gol, que foi ferida. Que ministro é esse parecendo um pistoleiro, andando armado no aeroporto?”, questionou.

Célio Moura indagou ainda o que teria acontecido se o fato tivesse ocorrido em uma escola, na igreja em que ele participa, ou em um hospital. “Esse ministro que estava armando no Aeroporto de Brasília, parecendo um pistoleiro, envergonhou a educação brasileira ao fazer tráfico de influência juntamente com um pastor irresponsável, fazendo tráfico de influência para ajudar prefeitos aliados ao atual governo”, lembrou.

Para o deputado é preciso mudar o time da educação brasileira. “Nós queremos o time do presidente Lula, eu me armo de livros e me livro de armas. Então, nós queremos é que o Brasil volte a ser um país normal e não com um presidente da República que ao invés de usar o Ministério da Cultura para ajudar na viabilização de bons filmes e boas peças de teatro ativar a cultura, utiliza o Ministério da Cultura para fazer apologia da arma. E o que dá é isto: Um ex-ministro da Educação armado até os dentes disparando tiros no aeroporto”, desabafou.

 

Vânia Rodrigues

 

 

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