Padre João: Após seis anos do “crime da Samarco”, em Mariana, muitos atingidos ainda não foram reconhecidos

Deputado Padre João. Foto: Paulo Sergio/Câmara dos Deputados

O deputado Padre João (PT-MG) relatou em plenário, nesta quarta-feira (23), reunião da Comissão Externa da Câmara, presidida pelo deputado Rogério Correia (PT-MG), realizada hoje com a Procuradoria-Geral do Estado de Minas Gerais, Ministério Público e vários movimentos sociais para discutir a repactuação que está sendo feita, em relação “ao crime que a Samarco, a Vale e a BHP Billiton cometeram no município de Mariana, que detonou, de certa forma, toda a Bacia do Rio Doce, com lamas, que são reviradas com as enchentes”.

Deputado Rogério Correia. Foto: Billy Boss/Câmara dos Deputados

Padre João enfatizou que são seis anos do crime, e muitos atingidos até hoje não foram reconhecidos. “Não foram reconhecidos! Criaram a empresa denominada Renova, que na verdade é um braço da empresa criminosa, uma extensão do crime. Trata-se de um crime continuado, quando se nega a atender ao direito dos atingidos”, criticou.

“Nossa posição em relação ao Ministério público é pedir a confirmação de que de fato o atingido nessa repactuação seja o número um, seja o mais ouvido, seja o protagonista nesse processo. Ele não pode ficar de fora”, afirmou. O deputado disse que nesse processo se contemplam governadores, “às vezes, contemplam-se deputados, contemplam-se tantos outros setores, a própria empresa criminosa que constrói é mais ouvida, e o povo mesmo, o atingido, não”, protestou.

Atingidos devem ser ouvidos

Então, continuou Padre João, “o nosso papel é exigir que de fato os atingidos sejam ouvidos e que, além de indenizações, dessa retomada, de projetos de geração de trabalho e renda, toda a recuperação da bacia possa se acelerar, porque isso é uma vergonha”, desabafou o deputado, ao repetir que seis anos se passaram e nada de recuperação da própria bacia.

Padre João assegurou que vai continuar acompanhando essa negociação e a defender que os atingidos sejam protagonistas. “Queremos também a recuperação ambiental, ela é fundamental, para garantir, de fato, a vida no rio. Assim como várias pessoas trabalhadoras foram assassinadas, de certa forma foi um crime, a própria bacia também foi morta. Então a recuperação da bacia também é essencial, para garantir renda para os ribeirinhos e os pescadores, a reativação econômica dos agricultores do entorno e a reativação de todos os municípios cortados pelo Rio Doce.

Vânia Rodrigues

 

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