O deputado Nilto Tatto (SP), secretário Nacional de Meio Ambiente do PT, participou em Glasgow, na Escócia, da 26ª Conferência do Clima das Nações Unidas (COP26). Ele destacou que existe um Brasil responsável – e que quer enfrentar a crise climática -, e um governo [de Jair Bolsonaro] que promove o desmonte e a destruição do meio ambiente.
O parlamentar apontou que existem dois ‘Brasis’ no evento. Um que tenta passar uma imagem de que o Brasil cumpre seus compromissos com o meio ambiente, contrariando todos os indicadores que revelam os danos causados à nação; e o outro que está realmente preocupado com a questão climática no País e no mundo.
“O Brasil está com dois stands, dois espaços. Um oficial – que de certa forma é privatizado, hegemonizado pela Confederação Nacional da Agricultura e pela Confederação Nacional da Indústria -, que tenta passar uma imagem e uma narrativa de que o Brasil vem cumprindo com os compromissos internacionais de diminuir as emissões de gás de efeito estufa e dizendo que Bolsonaro está atento a essa agenda. Mas os indicadores mostram o aumento de desmatamento, de queimadas, violência no campo e invasões em territórios”, denunciou Tatto.
Durante o governo Bolsonaro o Brasil bateu recordes de emissões de gás e destruição florestal e todos os indicadores ambientais pioraram acentuadamente nos primeiros dois anos de gestão do presidente desmatador. Em 2020, o desmatamento na Amazônia foi o maior em 12 anos; o volume de emissões de gases poluentes foi o maior em 14 anos e o número de focos de incêndio foi o maior em dez anos.
O Brasil que luta contra a crise climática
“O outro Brasil que está lá é um Brasil pujante, é um Brasil sério, responsável, onde estão os movimentos populares, as ONGs, a academia, os parlamentares de oposição, enfim todos aqueles que estão preocupados com a crise climática e querem falar para o mundo que o Brasil vai fazer a sua parte, querem cobrar do mundo para que assumam metas mais ousadas para diminuir as emissões de gás de efeito estufa”, afirmou Nilto Tatto.
Ele também destacou que eles estão lá para denunciar o desmonte ambiental que está acontecendo no Brasil com o governo Bolsonaro e que resta a esperança de um governo que coloque as questões climáticas como prioridade. “Esse Brasil pujante, esse Brasil diverso é o Brasil que está apostando num governo popular e que vai levar a sério o enfrentamento da crise climática que nós estamos vivendo nesse momento”, destacou.
Povos indígenas
Em uma postagem nas redes sociais, o parlamentar disse que espera que “até o final da COP26, os povos indígenas sejam reconhecidos como parceiros da preservação; que seja possível controlar o que cada País está executando e criar mecanismos financeiros para que os países desenvolvidos aportem tecnologia nos demais países”.
Lorena Vale