Já se passaram 1.000 dias do governo Bolsonaro. Um desastre para o País e para a população. É um desgoverno marcado por retrocessos, com o povo mais pobre, milhões sem emprego, a volta da fome, o aumento do custo de vida e quase 600 mil mortes por Covid-19.
Com esse governo, os trabalhadores ficaram com aposentadorias e pensões reduzidas, com a Reforma da Previdência. Reforma essa que deixará de pagar R$ 900 bilhões na previdência, para repassar a pagamento de juros de bancos. Agora, quer retirar dos funcionários públicos a estabilidade, concurso público, aumentos salariais.
Um governo sem política de geração de empregos. Não realizou investimentos em obras públicas, não construiu casas (acabou com o Minha Casa Minha Vida), cortou recursos para saneamento e crédito para as pequenas empresas, acabou com o apoio para os agricultores familiares. O resultado são mais de 14 milhões de pessoas desempregadas, e mais de 40 milhões de trabalhadores na informalidade, sem carteira assinada e previdência.
As pessoas estão mais pobres e com fome. Segundo o IBGE, 19 milhões de pessoas estão passando fome e 53% da população (mais de 100 milhões de pessoas) estão na insegurança alimentar, pois a renda não garante qualidade na alimentação. E mesmo assim, o Bolsonaro e seu ministro da Economia se recusam a pagar um auxílio emergencial de R$ 600 mensal. É o Brasil de volta ao Mapa da Fome da ONU.
As políticas de privatização e de preços dolarizados aumentaram tarifas e preços de produtos básicos. Feijão, arroz, leite, carne, os alimentos cada vez mais caros. O petróleo está cotado em dólar e, com isso, os combustíveis aumentam descontroladamente. Muitas famílias voltaram a cozinhar no fogão à lenha e vivem à luz de lamparina ou vela, com o preço de botijão de gás de mais de 100 reais e aumento, quase mensal, da tarifa de energia.
É um governo que cortou recursos na educação, favoreceu o desmatamento e as queimadas, reduziu investimentos nos órgãos públicos de fiscalização ambiental, que ameaça os direitos dos povos indígenas. Os cortes anuais no orçamento da assistência social, atinge os idosos, pessoas com deficiência, crianças, mulheres e jovens, bem como as famílias que estão passando fome.
São 1.000 dias de vergonha e indiferença. Foram quase 600 mil pessoas que morreram pelo negacionismo e irresponsabilidade. O escândalo de esquemas e de propinas na compra da vacina, a falta de oxigênio e de investimentos em UTI, os cortes de recursos na saúde, a indiferença em relação ao sofrimento da população, mostra um governo insensível e genocida.
O Brasil passa vexame em nível internacional pelos absurdos e mentiras que o presidente fala. Na pesquisa IPEC, dias atrás, 68% da população desaprovava o governo Bolsonaro e 53% avaliaram a gestão como ruim e péssima. Junto com a queda da popularidade, são 130 pedidos de afastamento na Câmara dos Deputados, investigações no STF e na CPI do Senado.
Nas ruas, são crescentes as manifestações contra esse desgoverno. Dia 7 de setembro, poucos foram às ruas para defender o governo. Até empresários de vários setores econômicos e da grande mídia, que apoiaram o golpe de 2016 e a campanha de fake news, que elegeu Bolsonaro, estão “abandonando o barco” (aliás, típico de golpistas).
Em relação ao Amazonas, é como se não tivesse presidente da República nestes 1.000 dias. Inaugurou um conjunto habitacional Manauara e a expansão do Centro de Convenções Vasco Vasques, obras da presidenta Dilma. Em São Gabriel da Cachoeira, inaugurou uma ponte de madeira que custou menos que a viagem da comitiva até o local.
E nada de BR-319 e de investimentos em segurança pública, mobilidade urbana, saneamento, obras de estradas. Pelo contrário, só ameaças à Zona Franca de Manaus, fim do Luz para Todos, da Farmácia Popular, do Minha Casa Minha Vida e abandono no interior.
Por isso, o povo está com saudade do Lula, que tanto fez pelo Estado. E pelas pesquisas, pode ganhar no 1º turno as eleições de 2022.
Neste dia 2 de outubro, mais uma vez, o povo vai às ruas se manifestar por emprego, saúde, educação, auxílio emergencial, pela vida e o grito de Fora Bolsonaro, certamente, será mais forte.
Deputado Federal José Ricardo (PT-AM)