Mercadante defende desenvolvimento sustentável e denuncia Bolsonaro por promover depredação do meio ambiente

O ex-ministro e presidente da Fundação Perseu Abramo, Aloizio Mercadante, denunciou o governo Bolsonaro por promover um capitalismo predatório que é hoje uma ameaça aos recursos naturais e ao meio ambiente em todo o território nacional, em especial na Amazônia. Em artigo, ele escreveu que na Amazônia o atual governo construiu uma “política de aliança com os madeireiros, mineradores e grileiros de terra, que promovem o desmatamento ilegal e a exploração predatória de recursos naturais estratégicos, acobertados sob a liderança do ministro Ricardo Salles”, alvo de operação da Polícia Federal realizada nesta semana por envolvimento com contrabandistas de madeira extraída ilegalmente.

Mercadante pontuou que combater o desmatamento acelerado da Amazônia, que volta a bater recorde, deve ser “ o principal compromisso ambiental do Brasil no esforço global de redução da emissão de carbono e no enfrentamento do aquecimento global”. E completou: “Precisamos construir outro caminho, de desenvolvimento com transição ambiental e matriz energética mais sustentável”.

“Estamos diante de um processo acelerado de enfraquecimento dos órgãos e políticas de proteção ao meio ambiente e dos povos indígenas. É essa visão predatória que garante à Bolsonaro o apoio de uma parte atrasada do agronegócio. Um segmento autoritário, que não respeita a democracia e que articula manifestações contra o STF e o Senado, com a grave participação do ministro da Defesa e do próprio presidente”, escreveu o presidente da FPA.

Leia a integra do artigo:

Predadores,
por Aloizio Mercadante (*)

O governo Bolsonaro vem fomentando um capitalismo predatório. Na Amazônia, construiu uma política de aliança com os madeireiros, mineradores e grileiros de terra, que promovem o desmatamento ilegal e a exploração predatória de recursos naturais estratégicos, acobertados sob a liderança do ministro Ricardo Salles.

O caso mais emblemático desse processo foi a operação da Polícia Federal, autorizada pelo Supremo Tribunal Federal, em que o ministro do Meio Ambiente sofreu uma busca e apreensão, acompanhada pela demissão do presidente do Ibama e nove servidores, sob a suspeição de associação e favorecimento de grandes grupos envolvidos com a exportação ilegal de madeira.

Combater o desmatamento acelerado da Amazônia, que volta a bater recorde, é o principal compromisso ambiental do Brasil no esforço global de redução da emissão de carbono e no enfrentamento do aquecimento global. Por isso, a importância desses temas estarem na pauta dos governos e nas agendas das instituições multilaterais. A preservação do meio ambiente é condição imprescindível para a manutenção da própria experiência humana no planeta.

O Brasil é o G1 da biodiversidade do mundo. Está em nosso território a maior floresta tropical do mundo, que possui um papel decisivo no equilíbrio do regime de hidrológico de parte importante do planeta, o que nos abre uma imensa janela de oportunidades, mas também aumenta a nossa responsabilidade.

A partir dessa visão, nos governos do PT, o Brasil se tornou líder dos países em desenvolvimento e assumiu a vanguarda de políticas de baixa emissão de carbono. Tivemos papel destacado no Acordo de Paris e assumimos metas ousadas para conter o aquecimento global, inspirando demais nações por uma aliança planetária em torno da preservação da vida em toda sua diversidade.

O combate ao aquecimento global não se deve dar apenas nos centros urbanos, mas também no campo, com a preservação de recursos estratégicos e com a adoção de tecnologias de agricultura de baixo carbono. Por isso, vínhamos construindo instrumentos de incentivo a novas tecnológicas e manejos na agricultura, o que foi completamente abandonado pelo atual governo.

O ministro Salles parece levar a cabo a teoria de que é “preciso passar a boiada”, enquanto o país agoniza diante da pandemia e alforria os madeireiros responsáveis por 8 mil cargas de madeira ilegal. O governo também assiste passivamente mineradores invadirem ilegalmente, com bombas de gás lacrimogênio e violência, as terras do povo Yanomami em Roraima. Só para ficar nos exemplos recentes.

Estamos diante de um processo acelerado de enfraquecimento dos órgãos e políticas de proteção ao meio ambiente e dos povos indígenas. É essa visão predatória que garante à Bolsonaro o apoio de uma parte atrasada do agronegócio. Um segmento autoritário, que não respeita a democracia e que articula manifestações contra o STF e o Senado, com a grave participação do ministro da Defesa e do próprio presidente.

Precisamos construir outro caminho, de desenvolvimento com transição ambiental e matriz energética mais sustentável. Um caminho que preserve recursos naturais estratégicos e que seja a negação de tudo o que Bolsonaro representa. Essa é uma questão fundamental para o PT, para as futuras gerações e para futuro do planeta.

(*) Ex-ministro de Estado e presidente da Fundação Perseu Abramo


Redação PT na Câmara com PT Nacional

Está gostando do conteúdo? Compartilhe!

Postagens recentes

CADASTRE-SE PARA RECEBER MAIS INFORMAÇÕES DO PT NA CÂMARA

Veja Também

Jaya9

Mostbet

MCW

Jeetwin

Babu88

Nagad88

Betvisa

Marvelbet

Baji999

Jeetbuzz

Mostplay

Melbet

Betjili

Six6s

Krikya

Glory Casino

Betjee

Jita Ace

Crickex

Winbdt

PBC88

R777

Jitawin

Khela88

Bhaggo

jaya9

mcw

jeetwin

nagad88

betvisa

marvelbet

baji999

jeetbuzz

crickex

https://smoke.pl/wp-includes/depo10/

Depo 10 Bonus 10

Slot Bet 100

Depo 10 Bonus 10

Garansi Kekalahan 100