O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, rebateu as críticas feitas ao resultado da primeira rodada do programa Mais Médicos. De acordo com Padilha, “mil médicos em 15 dias de seleção significa que 4 milhões de brasileiros passarão a ser atendidos por médicos a partir de 1º de setembro”. A primeira rodada do programa enviará 938 médicos a 404 municípios a partir de setembro.
“Esse é o resultado de um país que tem 1,8 médico a cada mil habitantes”, analisou o ministro. Ele completou que “enquanto o Brasil não chegar a patamares superiores, vamos buscar todas as medidas que possam estar nas mãos do Ministério da Saúde para disponibilizar médicos à população”. Lembrou que em Portugal, por exemplo, a relação é de 4.8 médicos para cada mil pessoas.
O Programa Mais Médicos foi instituído pela Medida Provisória 621, editada pelo governo no dia 8 de julho. O ministro Alexandre Padilha reuniu-se nesta quarta-feira (7) com o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, e o líder do PT na Câmara, José Guimarães (CE), para pedir apoio à aprovação da MP( veja mais fotos).
Os 938 médicos que confirmaram a sua participação no primeiro mês de seleção do Programa Mais Médicos têm até a meia noite de amanhã (8) para escolherem o município que desejam trabalhar. Também foi reaberto até o dia 15 o prazo para novos municípios se candidatarem ao Programa Mais Médicos.
Demanda – O número de vagas preenchidas equivale a 6% da demanda dos municípios, que apontaram a necessidade de 15.460 médicos para completar seus quadros na atenção básica do Sistema Único de Saúde (SUS).
Ao fazer um balanço da primeira etapa do programa, o ministro da Saúde informou que o Mais Médicos recebeu a inscrição de 18.450 profissionais, sendo 16.530 brasileiros e 920 estrangeiros, estes oriundos da Espanha, Argentina e Portugal, principalmente.
Para o médico contratado pelo Mais Médicos o governo oferece salário mensal de R$ 10 mil líquidos, cobertura previdenciária (paga pelo Ministério da Saúde), auxílios transportes e moradia e curso de especialização. Exige trabalho nas unidades básicas de saúde, onde não existem médicos, mas sem a exigência de dedicação exclusiva.
“Queremos preencher as mais de 15 mil vagas de médicos e vamos buscar profissionais sejam brasileiros, sejam formados em outros países”, garantiu o ministro Alexandre Padilha.
“Tivemos o cuidado de preservar as vagas para os profissionais brasileiros, prorrogando para a meia noite do próximo dia 8 (quinta-feira) o prazo final para aqueles que tiveram suas inscrições homologadas possam escolher um dos municípios que aderiram ao programa”, acrescentou.
Dos 16.530 candidatos brasileiros, 13.845 preencheram de forma irregular a inscrição, com nomes incompletos, espaços deixados em branco, números de registro profissional incorreto. Dos cerca de mil médicos que tiveram seus nomes homologados nesta primeira etapa do programa, 58% são homens, com idade média de 33 anos.
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Mais Médicos: 4.657 profissionais concluem cadastro no programa
Equipe PT na Câmara
Foto: Gustavo Bezerra/PT na Câmara