Padre Ton diz que não se pode mais adiar a reforma política

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Foto: Agência Câmara
 
Ao defender no Plenário a reforma política, o deputado Padre Ton (PT-RO) disse que as manifestações nas ruas brasileiras expressam insatisfação geral com a política. “Os jovens desejam mudanças profundas de postura, em todos os níveis, e o aprofundamento das conquistas obtidas desde a redemocratização”, disse.
 
Para o deputado, a reforma política é importante para combater a corrupção que atinge o sistema eleitoral mediante o financiamento de campanhas. “As manifestações dos últimos dias mobilizaram a energia que faltava para mudar o sistema político do país. Não podemos desperdiçar esta oportunidade única e, mais uma vez, adiar a reforma política”, registrou.
 
Padre Ton observou, ainda, que a sociedade pede mudanças na pauta legislativa da Câmara dos Deputados. “A população quer os projetos de lei de seu interesse colocados na pauta. Projetos que tratam de transporte e mobilidade urbana; de saúde, educação; de segurança; projetos que combatam a corrupção; projetos que possam melhorar sua vida. A pauta conservadora, que fortalece interesses do poder econômico, não atende os anseios da população”, afirmou.
 
“Não se pode negar que nos últimos dez anos o Brasil avançou muito, com benefícios para toda a população, independente do extrato social a que pertença. Apesar disso, o povo quer mais, e tem o direito de querer mais”, declarou.
 
“A corrupção é a nossa principal chaga a ser curada. Ela tem raízes históricas e remonta as nossas origens como Nação. Reforçar o aparato de controle, como o Ministério Público, Polícia Federal e as polícias judiciárias dos estados, Controladoria Geral da União, tribunais de contas e a radicalização da transparência nos atos públicos fazem parte de um esforço que o País tem que continuar aprofundando”, disse.
 
O deputado Padre Ton disse ainda que o vigor das manifestações pacíficas feitas pela juventude deve ser canalizado para o Brasil avançar nas transformações que estão ocorrendo, e que resultaram na ascensão de 40 milhões de brasileiros e brasileiras para a classe média, na redução do desemprego para níveis jamais vistos, na trajetória descendente das desigualdades social e regional, na melhoria da imagem do país no exterior, e tantas outras conquistas que a sociedade não aceita mais retroceder.
 
“A energia das mobilizações também deve ser direcionada para superarmos ranços da política brasileira, para enfrentarmos com mais rapidez problemas específicos de mobilidade urbana, qualificação dos serviços de saúde, educação e segurança pública. Sem permitir retrocessos naquilo que já conquistamos”, disse.
 
Investimentos – Padre Ton disse ainda que o governo da presidenta Dilma Rousseff está consciente da necessidade de ampliar investimentos para melhorar serviços e infraestrutura, por isso propôs os royalties do pré-sal para a educação, e a equipe econômica trabalha para criar condições necessárias para os juros voltarem a cair. 
 
PEC 215 – O deputado aproveitou para pedir à juventude e à população em geral para que se manifestem também pela manutenção de direitos garantidos aos povos indígenas na Constituição Federal de 88. “Não podemos aceitar a PEC 215. Ela é inconstitucional, tira a tarefa de demarcação de terras indígenas da competência do Executivo. A sociedade deve ficar vigilante contra todo ato constitucional que venha retirar direitos do cidadão brasileiro”, afirmou. 
 
Assessoria Parlamentar 

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