A deputada Erika Kokay (PT-DF), a Associação de Docentes da Universidade de Brasília (Adunb), o Sindicato dos Trabalhadores da Fundação Universidade de Brasília (Sintfub) e representante dos estudantes, entraram com uma série de representações, nesta quinta-feira (19), contra o ministro da Educação, Abraham Weintraub, por declarações levianas e caluniosas dirigidas à Universidade de Brasília (UnB). O ministro afirmou recentemente em entrevista à imprensa e na Comissão de Educação da Câmara que havia “plantações de maconha” na universidade.
Ao STF, Erika e as entidades pedem que no prazo legal o ministro responda sobre as acusações contra professores, servidores e estudantes, detalhe quais são as universidades que “plantam maconha”, e se dispõe de provas para sustentar suas declarações.
Ao MPF, pedem abertura de investigação criminal com objetivo de apurar as condutas do ministro, além da abertura de procedimentos civis e administrativos para responsabilizar Weintraub por improbidade administrativa.
À Comissão de Ética da Presidência da República, solicitam apuração sobre as declarações e a exoneração de Weintraub do cargo.
“O ministro Weintraub não tem condições de permanecer no cargo”, sustenta Erika Kokay.
O que Weintraub foi fazer no TCU?
A deputada apresentou, ainda, um requerimento de informações para que o Ministério da Educação (MEC) responda acerca de agenda de Weintraub com o ministro Walton Alencar, do Tribunal de Contas da União (TCU). Segundo denúncias, Weintraub estaria agindo para que as contas da reitora Márcia Abrahão fossem rejeitadas, em contrariedade aos pareceres da Secretaria de Fiscalização da Educação e do Ministério Público do TCU, que pedem a aprovação das contas.
No requerimento, a parlamentar questiona sobre o assunto tratado na reunião e se o ministro nega que tenha ido solicitar a reprovação das contas da UnB. A recusa das respostas pode configurar crime de responsabilidade.
Assessoria Parlamentar