Parlamentares da Bancada do PT ocuparam a Tribuna nesta quarta-feira (24) para manifestar preocupação com o aumento dos conflitos da luta pela terra no país. Os dados constam da publicação anual Conflitos no Campo Brasil 2012, da Comissão Pastoral da Terra (CPT), divulgados nesta semana.
O relatório concentra dados sobre os conflitos, violências sofridas pelos trabalhadores e trabalhadoras rurais e pelos povos tradicionais, em todo o país. Segundo os dados da CPT, nos últimos cinco anos os conflitos por terra têm mantido uma tendência de crescimento. Além disso, a violência também aumentou em relação ao ano anterior. Houve um aumento de 24% nos assassinatos e de 102% nas tentativas de assassinatos. Até agora, já foram registrados nove assassinatos em 2013 em conflitos no campo em todo o Brasil.
O deputado Marcon (PT-RS) revelou tristeza ao falar do relatório. “Grande parte desses conflitos podem ser resolvidos através da demarcação das terras indígenas, do reconhecimento dos quilombos e desses territórios e dos assentamentos de reforma agrária. Mas sabemos que a bancada que aqui representa o agronegócio, que proporciona grande parte desses conflitos é contra, e isto precisa ser registrado, pois a ação do agronegócio gera violência”, disse o petista.
Para o deputado Valmir Assunção (PT-BA), “houve um aumento expressivo no número de tentativa de assassinato. Passou de 38, em 2011, para 77 em 2012. A Bahia, por exemplo, registrou 122 conflitos por terra, envolvendo 9.505 famílias”.
Gizele Benitz