O deputado Zé Geraldo (PT-PA) destacou na Tribuna da Câmara as principais diferenças entre os projetos de nação estabelecidos no Brasil pós-regime autoritário. “De um lado, o projeto neoliberal que conduziu o País de 1990 a 2002 e, de outro, o projeto desenvolvimentista, com enfoque na ampliação do bem estar social”, disse o deputado, em pronunciamento realizado na quinta-feira (11). O discurso dele se deu por ocasião dos 10 anos do PT à frente do Governo Federal.
O deputado lembrou que o projeto neoliberal, introduzido no Brasil a partir da década de 1980 teve o seu ápice nos dois Governos FHC e foi inspirado em ideias e práticas vividas no governo britânico da finada Margareth Thatcher (1979-1990). Segundo esse modelo, o Estado brasileiro deixaria de ser o promotor e protetor do processo de desenvolvimento nacional e passaria a atuar apenas como regulador do mercado.
“Neste caso, mesmo as áreas estratégicas para o nosso crescimento econômico sustentável, como a mineração e o petróleo, não foram poupados da sanha gulosa dos investidores europeus. Assim ocorreu com a Vale do Rio Doce e, por pouco, não perdemos a Petrobras”, afirmou.
Na direção oposta, disse Zé Geraldo, “o projeto Brasil para Todos adotou a inclusão social como mola propulsora da economia”. O deputado enfatizou que esse novo projeto de nação, comandado por Lula e Dilma, foi capaz de retirar 22 milhões de brasileiros da miséria, fazer crescer a renda média da população e elevar a condição social de mais de 35 milhões de pessoas.
Zé Geraldo reforçou a argumentação com exemplos de seu estado, o Pará. “Os investimentos federais do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), já na sua segunda fase, estão mudando definitivamente a economia e a vida dos paraenses para melhor”, afirmou.
De acordo com o deputado, até 2014 o programa, dividido em seis eixos (transportes, energia, Cidade Melhor, Comunidade Cidadã, Minha Casa, Minha Vida e Água e Luz para Todos) já terá investido R$ 47,66 bilhões em todo o Estado. “Nem de longe podemos comparar os investimentos federais dos dois governos do Partido dos Trabalhadores com aqueles destinados ao Estado pelos governos do PSDB”, reforçou.
“A intervenção do nosso Governo no Estado do Pará tem sido em muito positiva”, disse o deputado. Ele citou as criações de novas universidades, escolas técnicas, eletrificação rural, produção de energia, asfaltamento de rodovias, estruturação dos prédios públicos, Polícia Federal, Policia Rodoviária Federal, agências do INSSS, Tribunais da Justiça Federal no Estado. “Tudo isso não teria acontecido se o modelo de desenvolvimento fosse diferente do adotado pelos Governos Lula e Dilma”, argumentou Zé Geraldo.
Jonas Tolocka