Desarticulação e falta de projetos marcam cem dias de governo Bolsonaro, afirmam petistas

Parlamentares da Bancada do PT na Câmara se revezaram na tribuna da Câmara nesta quarta-feira (10) para falar dos cem dias de governo Bolsonaro, completados hoje. “São Cem dias sem nada, cem dias sem perspectiva, cem dias sem governo. Infelizmente é isso o que temos para falar nesta data. São cem dias de completo desgoverno que o Brasil está assistindo”, destacou o deputado Paulo Guedes (PT-MG).

“Estamos estarrecidos e impressionados com a falta de articulação, com a falta de perspectiva em ver um governo batendo cabeça, ministros brigando entre si. Ninguém sabe quem manda, é a casa de mãe Joana. Infelizmente é este o retrato desses cem dias do governo Bolsonaro”, completou Paulo Guedes.

O deputado do PT mineiro propôs uma reação da Câmara frente a esse desgoverno. “É preciso que esta Casa reaja. Não dá para assistir essa completa falta de articulação desse governo. Não dá para permitir a entrega das nossas empresas, não dá para aceitar essa Reforma da Previdência que só prejudica os mais pobres”.

Paulo Guedes disse ainda esperar que essa desarticulação passe, que eles [governo] comecem a apresentar alguma coisa para o País. “Está na hora de os ministros pararem de brigar entre si e apresentarem alguma coisa para o País. Estamos vendo todo mundo reclamando, com os programas parados, com empresários reclamando que não recebem os recursos do programa Minha Casa, Minha Vida, anunciando mais desemprego, anunciando mais fome, anunciando mais falta de esperança”, lamentou.

O deputado Padre João (PT-MG) também considerou que o governo Bolsonaro é na verdade “um desgoverno”, porque são muitos os que mandam. “É um desastre na política econômica, na política internacional e até mesmo no agronegócio! Olhem o que aconteceu com a exportação de soja para a China, com a exportação de frango para os países árabes, por causa da questão com Israel”. Estão cortando todo o subsídio nas tarifas de energia para as irrigações. “É uma vergonha esse governo!”, frisou.

Ainda na avaliação do deputado Padre João, têm ministros que “padecem de esquizofrenia”. E citou como exemplo o ministro Sérgio Moro (Justiça), que também “está cego em relação aos crimes absurdos que vêm acontecendo no Brasil, como o caso do fuzilamento de um músico no Rio de Janeiro, com 80 tiros”.

Desgoverno total

“São cem dias marcados pela ausência de governo. É um desgoverno total. Quais foram os grandes feitos até agora?”, questionou o deputado Jorge Solla (PT-BA).  E ele mesmo respondeu: “desmontar o Ministério da Educação”.

Na avaliação do deputado Solla, no Ministério da Educação “saiu um doido e entrou um maluco. Inclusive, o maluco que entrou agora está processando o pai por briga de herança. A que ponto chegamos”, observou.

Ao comentar sobre os cem dias do governo Bolsonaro, o deputado Zé Carlos (PT-MA), afirmou que nós vivemos um momento ímpar. “Na Nova República, é o governo mais mal avaliado nos três primeiros meses. A revista The Economist, no meio da campanha do ano passado, disse que, se Bolsonaro fosse eleito, o governo dele seria um desastre. É o que está exatamente acontecendo”, argumentou. O deputado lamentou o que está acontecendo no Brasil e concluiu afirmando que tem certeza de que, “com fé em Deus, a democracia será instaurada e este País voltará a crescer”.

O deputado João Daniel (PT-SE) registrou que nestes cem dias do governo Bolsonaro aumentou o desemprego. “Já são milhões de desempregados. A única forma que se propõe para solucionar isso, neste governo, é achatar ainda mais as conquistas históricas do povo brasileiro, a exemplo da Reforma da Previdência”, afirmou.

Vânia Rodrigues

 

 

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