O deputado Zé Geraldo (PT-PA) rebateu em plenário, nesta quarta-feira (21), afirmações do futuro ministro da Saúde do governo Bolsonaro, Luiz Henrique Mandetta, de que o Programa Mais Médicos foi um programa improvisado. “Em primeiro lugar, ele tem que saber que esse foi um programa entre dois países, que passou por uma Organização Pan-Americana. E em segundo lugar, ele deveria estar era dizendo o que pretende fazer para melhorar a saúde do Brasil”, afirmou.
Zé Geraldo disse que vai propor que o governo Bolsonaro determine que todas as universidades federais deste País tenham o curso de Medicina. “Porque aí, sim, daqui a 10 anos, nós teremos milhares de jovens neste País sendo médicos e médicas para ocupar o lugar dos cubanos, que vieram para o Brasil porque nós não tínhamos profissionais brasileiros suficientes para o Mais Médicos na época da sua criação”, argumentou.
O deputado do PT do Pará disse ainda que é bom ressaltar que, “desde que Temer sentou na cadeira de Presidente da República – porque Temer e Bolsonaro é tudo farinha do mesmo saco -, nós só estamos tendo retirada de recursos da Saúde”. Ele citou a Emenda Constitucional 95, que congelou os investimentos públicos por 20 anos, como maior exemplo da retirada de recursos para o setor.
“Nós, do Partido dos Trabalhadores, sempre fizemos programas para beneficiar políticas sociais”, lembrou Zé Geraldo. Ele destacou que os municípios hoje recebem muitos recursos para a saúde porque no governo Dilma, quando o Congresso aprovou as emendas parlamentares impositivas, a presidenta Dilma exigiu que 50% do valor teria que ir obrigatoriamente para a saúde.
Cursos de Medicina – Também em plenário, o deputado Bohn Gass (PT-RS) falou sobre o Mais Médicos. “Aqui, falou-se muito da necessidade de o governo tomar medidas para repor a perda por causa daquele preconceito ideológico contra os médicos cubanos. A perda que o Brasil sofreu terá que ser reposta para imediatamente ter médicos para atender a população” defendeu.
O deputado Bohn Gass também defendeu a revogação do decreto do governo Temer que suspendeu em abril deste ano, pelo prazo de cinco anos, a autorização para abertura de Cursos de Medicina. “Isso foi uma rendição que Temer fez ao corporativismo médico”, criticou. O deputado do PT gaúcho frisou que o Brasil precisa de mais médicos. “Como se faz mais médicos? Abrindo curso de Medicina. Suspender até 2023 novos editais de curso de Medicina é ser contra a saúde do povo brasileiro”, finalizou.
PT na Câmara