O deputado Zé Geraldo (PT-PA) ressaltou em plenário nesta terça-feira (27) duas ações inovadoras dos governos petistas que tiveram impactos sociais diretos na vida de milhões de brasileiros: o Fies (Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior) e o Mais Médicos. “Quando o governo criou o Mais Médicos, não tínhamos a quantidade de médicos e de médicas para atuar no interior do Brasil”, lembrou. “Também criou o Fies, o financiamento para aquele jovem pobre que não conseguia passar em uma universidade pública, estadual ou federal, proporcionando assim a sua ida a uma universidade particular”, completou.
O parlamentar mostrou os impactos desses dois programas petistas. “Estava conversando com uma amiga sobre a realidade da saúde pública no Pará, falando sobre a necessidade de o mais urgentemente possível se preencher as vagas dos médicos cubanos que foram embora. Ela tem duas filhas jovens cursando Medicina. Uma está fazendo o seu curso na UEPA, uma universidade estadual; a outra passou em uma universidade particular e, no próximo ano, vai concluir o curso. Possivelmente, será uma dessas médicas que poderá trabalhar no interior do Pará”, relatou Zé Geraldo.
Ele lembrou que formar jovens médicos vindos de famílias humildes era uma realidade impensável há alguns anos. Isso porque nenhum trabalhador pobre, de classe média, microempreendedor ou pequeno fazendeiro, por exemplo, teria condições de pagar uma mensalidade que varia entre R$ 8 mil e R$ 12 mil. “Não é qualquer pai de classe média que consegue ter um ou dois filhos estudando em universidade particular. É bem provável que em 4, 5 ou 6 anos, se o governo Bolsonaro não acabar com o Fies, nós não precisemos importar médico de nenhum país. Poderemos até exportá-los”, previu.
Vale lembrar que o Mais Médicos, quando foi criado em 2013, propunha-se mais que oferecer uma solução paliativa e emergencial à escassez de médicos no Brasil, que era mais ostensivamente sentida em localidades de difícil acesso e em periferias de grandes cidades. A ideia era oferecer uma solução definitiva ao problema. Por isso, à época, o governo Dilma Rousseff estabeleceu critérios para aumentar o número de vagas nos cursos de Medicina.
De lá pra cá, segundo dados do Ministério da Educação, 13.624 novas vagas foram criadas para formação de novos médicos no País. O número supera a meta prevista na criação do programa, que era de 11.400 vagas até 2017. Essa expansão diz respeito à ampliação de vagas em cursos já existentes e à criação de cursos, a maioria em faculdades particulares. Em cinco anos, foram criados 117 novos cursos de medicina, de acordo com dados do estudo Demografia Médica, da Universidade de São Paulo (USP), quase o triplo em relação aos cinco anos anteriores, quando foram abertos 42.
“Se para centenas, milhares de jovens deste País – de Norte a Sul, de Leste a Oeste –, for possível fazer um vestibular, se criarem mais vagas, teremos esses profissionais. É só o governo federal fazer com que todas as universidades públicas deste País tenham curso de Medicina. Aí os senhores vão ver que vamos ter profissionais, inclusive especializados”, disse. “Precisamos, além de formar médicos para cuidar da saúde preventivamente, formar muitos especialistas para atendermos o nosso povo brasileiro”, completou.
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