O deputado Zé Geraldo (PT-PA) ocupou a tribuna da Câmara nesta quinta-feira (4) para elogiar e parabenizar a presidenta Dilma Rousseff, que, na 21ª Conferência do Clima (COP 21) ocorrida na ultima semana, chamou a atenção dos 195 países e a União Europeia para a responsabilidade coletiva sobre a questão climática. O deputado disse que a COP tem a meta de chegar a um acordo que reduza as emissões de gases de efeito estufa para conter o aumento da temperatura média da Terra em 2º C até 2100.
“Meu elogio ao discurso bastante coerente da presidenta Dilma ressaltando a necessidade de uma resposta coletiva para os desafios da mudança do clima com um novo acordo climático justo, universal e ambicioso”, apontou Zé Geraldo.
O deputado disse concordar com a presidenta quanto à adoção do princípio das responsabilidades. “A emissão de gases de efeito estufa, item prioritário da conferência, está diretamente relacionada aos países com alto grau de industrialização e consumo, como Estados Unidos, os países da União Europeia, China, Rússia e Japão”, observou. “Portanto, uma responsabilidade comum mais com graus diferenciados. Países ricos contribuindo mais e países pobres contribuindo menos”.
Zé Geraldo disse ainda que um dos itens apresentados pela presidenta Dilma à COP que lhe chamou a atenção foi a proposta de redução 43% das emissões de gases de efeito estufa até 2030. Além disso, salientou o deputado, o Brasil prometeu, em sua INDC (Pretendida Contribuição Nacionalmente Determinada, tradução da sigla em inglês), o fim do desmatamento ilegal na Amazônia, a restauração e reflorestamento de 12 milhões de hectares, a recuperação de 15 milhões de hectares de pastagens degradadas, a integração de 5 milhões de hectares de lavoura, pecuária e florestas e o alcance de 45% na participação de energias renováveis na composição da matriz energética.
“Mesmo sabendo que a proposta brasileira para redução do aquecimento global tem como meta uma agenda que envolve todos os biomas brasileiros, não podemos perder de vista que a Amazônia oferecerá a maior contribuição para todo o programa, tanto com a proposta de desmatamento zero, quanto pela meta de recuperação de áreas degradas por pastagens ou o desenvolvimento de uma agricultura de baixo carbono”, acrescentou o deputado.
Benildes Rodrigues