O deputado Zé Geraldo (PT-PA) registrou em plenário a sua indignação com a morosidade do governo ilegítimo de Michel Temer para solucionar a trafegabilidade, com chuva ou sol, das principais rodovias da Amazônia abertas há mais de 40 anos. “A situação é insustentável, por isso, peço que, este ano, o governo Federal libere cerca de R$ 400 milhões para asfaltar as rodovias porque agora tem contrato, tem licença, mas falta dinheiro”, lamentou.
Zé Geraldo lembrou que a Transamazônica e a Cuiabá-Santarém foram abertas no governo Médici. Da abertura até o final do governo Fernando Henrique Cardoso, mais de 20 anos de gestão, as rodovias ficaram totalmente abandonadas.
A partir do governo Lula, segundo Zé Geraldo, houve um processo de ordenamento fundiário e ambiental naquela região, com o plano da BR-163, da Transamazônica, para iniciar o asfaltamento de mais de 2 mil quilômetros de rodovia: da Cuiabá-Santarém, do Mato Grosso até Santarém; e da Transamazônica, de Marabá, passando por Altamira, até Itaituba.
“Avançou-se bastante. Nós temos hoje mais de 50% dessas rodovias asfaltadas. Mas aqueles 150 quilômetros que estão ainda em estrada de chão na BR-163 estão gerando um caos para quem precisa trafegar por essa região”, afirmou.
O deputado explicou que por essas rodovias passam continuamente de 300 a 500 carretas lotadas de soja, que vão de Mato Grosso para a região portuária de Miritituba, Itaituba e Santarém. “E com as rodovias sem manutenção e com essa parte sem asfalto é aquele sofrimento e todos perdem”, lamentou.
Vânia Rodrigues
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