O deputado Zé Geraldo (PT-PA) discursou, na terça-feira (21), para alertar o povo brasileiro para “o desmonte, para a venda do Brasil a preço de banana”. Ele exemplificou as últimas concessões dos aeroportos feitas no Brasil para empresas da Europa que não anda bem das pernas. “Mas até as empresas de lá estão comprando nossas empresas. Esse é o fruto da grande Operação Lava-Jato e dessa tentativa de massacrar o Presidente Lula, a Dilma e o Partido dos Trabalhadores”, resumiu. Para o deputado, daqui a pouco as empresas produtoras de alimento também irão ao mesmo rumo, com a história da carne.
Zé Geraldo analisou que “desde a mudança de rumo da Lava-Jato, em 2014, que voltou-se forte e violentamente para o setor de petróleos e construções, o Brasil desancou para uma crise econômica e política responsável por arruinar as maiores empresas públicas e privadas e por jogar o País na maior crise política que solapou a democracia com o golpe que derrubou a presidenta Dilma”.
Para ele, a coincidência, pelo menos na economia, entre os abusos da Lava Jato e a quebra do Brasil tem que ser levada em conta. “O PIB Brasileiro, apesar das oscilações que já vinha sofrendo desde 2012 frente à crise internacional teve, a partir de 2014, fortíssima queda, chegando em 2015 com perdas de menos 3,8% e em 2016 com menos 3,6%. E, convenhamos, não podemos culpar agora somente à crise internacional e os problemas endógenos da nossa economia por crescente queda. A Lava-Jato teve e vem tendo, sim senhor, responsabilidade capital por esse enorme prejuízo”, disse.
Ainda, na avaliação do deputado Zé Geraldo, foi justamente a enorme retração dos investimentos na área de construções e serviços que puxou a indústria e outros setores da economia para uma queda bastante grande. “E por que isso aconteceu? Porque a maneira como foram conduzidas as investigações e os abusos cometidos por procuradores e juízes da Lava Jato, que ao invés de punir os administradores corruptos e preservar as empresas e os seus projetos, miraram justamente as empresas, preservando, de certa forma, os corruptos em um programa de delação que mais beneficia quem cometeu atos ilícitos do que punir os culpados”.
Como consequência, destacou, o que se viu no Brasil foi recessão, “empresas nacionais que até ontem eram líderes mundiais quebradas, desemprego em massa e a exploração de nossas riquezas e setores de serviços sendo entregues às multinacionais, muitas delas, com piores reputações que as finadas Odebrecht, Andrade Gutierrez, Queiroz Galvão, Delta etc”, afirmou.
“Se o Supremo Tribunal Federal, o Conselho Nacional de Justiça ou mesmo o Executivo não punirem ou nada fizerem para coibir os abusos de juízes como um certo Moro, de fundamentalistas do Ministério Público como um certo fanático religioso Dalagnol e de aloprados delegados da Polícia Federal, seguramente em brevíssimo tempo estará o Brasil no fundo do poço sem nenhuma possibilidade de saída”, concluiu.
PT na Câmara
Foto: GustavoBezerra/PTnaCâmara