Zarattini: Temer tem obsessão por entregar Brasil aos estrangeiros

O líder do PT na Câmara, Carlos Zarattini (SP), denunciou hoje (5/9) que há uma verdadeira “obsessão” do governo ilegítimo de Michel Temer por entregar empresas públicas e riquezas naturais do Brasil aos estrangeiros. Segundo ele, Temer é “ agente do capital externo, para transformar o Brasil num país periférico, sem nenhuma importância global, sem sequer a capacidade de decidir o seu próprio destino”.

Em artigo, Zarattini citou como exemplo o decreto de Temer que extinguiu a Reserva Nacional do Cobre e Associados (RENCA), entre o Pará e o Amapá.  “É subversão completa de uma política mineral estratégica para o País, pois permite que empresas mineradoras, inclusive estrangeiras, tenham acesso a minérios valiosos sem levar em conta os princípios da soberania nacional. É também uma ameaça a povos indígenas e à manutenção da floresta amazônica e de sua rica biodiversidade.”

Leia , abaixo, a íntegra do artigo, publicado no Blog do Noblat.

 

“A Amazônia e a obsessão de Temer de vender o País aos estrangeiros

A entrega dos recursos naturais do País a grupos econômicos nacionais e estrangeiros   virou o objetivo central do governo Michel Temer. Um dos casos emblemáticos é a extinção da Reserva Nacional do Cobre e Associados (RENCA), entre o Pará e o Amapá.

É subversão completa de uma política mineral estratégica para o país, pois permite que empresas mineradoras, inclusive estrangeiras, tenham acesso a minérios valiosos sem levar em conta os princípios da soberania nacional. É também uma ameaça a povos indígenas e à manutenção da floresta amazônica e de sua rica biodiversidade.

A Renca tem área total tem 46,8 mil km2, aproximadamente a área do estado do Espírito Santo. É uma região estudada desde a década de 1960, geologicamente favorável a ocorrências de minérios valiosos, como ouro, cobre, manganês, ferro, tântalo, diamantes, fosfato, cromo, entre outros. Foi por isso que em 1984, em pleno regime militar, o governo criou a reserva.

É uma porção extremamente rica do território brasileiro, há muito cobiçada por mineradoras estrangeiras. E Temer a colocou à venda, sob o argumento de “incentivar” a indústria mineral, sem qualquer consulta às comunidades afetadas ou à sociedade brasileira.

O avanço sobre nossas riquezas naturais é facilitado pela ausência crônica de uma política mineral que atenda aos interesses nacionais, conforme estabelece a Constituição em seu art. 176, no parágrafo 1º. Parece cada vez mais evidente que nossa legislação mineral é interpretada pelo governo Temer apenas como um facilitador aos interesses comerciais das mineradoras, característicos das velhas doutrinas colonialistas, sem levar em consideração a necessidade de avaliar toda a formulação de valores essenciais associados à mineração, incluindo a soberania nacional.

A criação da Renca, pelo governo do general João Batista Figueiredo, teve objetivos estratégicos, na medida em que estabelecia que a execução das pesquisas geológicas na reserva eram exclusividade da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais – CPRM, uma empresa pública vinculada ao Ministério de Minas e Energia, permitindo a exploração privada somente por meio de parcerias.

Ao eliminar essa condição, o atual governo transfere às empresas de mineração a prerrogativa de aprofundar o conhecimento dos nossos recursos naturais e determinar, de acordo com seus interesses comerciais, a conveniência e a oportunidade de lavrar nossas ricas reservas minerais.

Como se não bastassem a entrega do subsolo brasileiro e os previsíveis conflitos entre os interesses do setor mineral e a conservação das áreas protegidas, o governo Temer incentiva uma perigosa corrida do ouro ao coração da Amazônia. Expõe à ganância de mineradoras uma floresta que está entre as mais preservadas do mundo, com riquíssima biodiversidade. Áreas que constitucionalmente devem estar protegidas ficam expostas a fortes fluxos migratórios estimulados por atividades minerárias. Temer pavimenta um caminho para a destruição da Floresta Amazônica, um patrimônio Nacional claramente definido em nossa Constituição. O governo atual ignora a importância da preservação do meio ambiente, indo na contramão do mundo.

O decreto destrói nossas políticas públicas na área de mineração – assim como tem acontecido em outros setores – e sinaliza ao chamado mercado uma ampla liberalidade para espoliar as riquezas minerais brasileiras. É um governo que abre o Brasil à sanha de especuladores, em especial os ligados a grupos econômicos estrangeiros.

O episódio da extinção da Renca- mesmo com a suspensão temporária da medida, por 120 dias –  é um triste exemplo de como o governo Temer prepara uma absoluta submissão do Estado brasileiro ao neocolonialismo econômico em pleno século XXI, transformando propositalmente uma indústria fundamental ao país — a mineração — em instrumento de poder sobre a autonomia e a determinação nacionais.

Temer tem uma obsessão: entregar as riquezas nacionais e as empresas públicas para os estrangeiros. É agente do capital externo, para transformar o Brasil num país periférico, sem nenhuma importância global, sem sequer a capacidade de decidir o seu próprio destino.”

 

Artigo publicado originalmente no Blog do Noblat

PT na Câmara

Está gostando do conteúdo? Compartilhe!

Postagens recentes

CADASTRE-SE PARA RECEBER MAIS INFORMAÇÕES DO PT NA CÂMARA

Veja Também

Jaya9

Mostbet

MCW

Jeetwin

Babu88

Nagad88

Betvisa

Marvelbet

Baji999

Jeetbuzz

Mostplay

Melbet

Betjili

Six6s

Krikya

Glory Casino

Betjee

Jita Ace

Crickex

Winbdt

PBC88

R777

Jitawin

Khela88

Bhaggo

jaya9

mcw

jeetwin

nagad88

betvisa

marvelbet

baji999

jeetbuzz

crickex