Zarattini sobre pré-sal: projeto entreguista de Serra compromete soberania e autonomia energética do Paísl

CarlosZara GB

Em artigo publicado no portal do Jornal GGN, o deputado Carlos Zarattini (PT-SP) alerta para os riscos a que a Petrobras estará submetida caso a Câmara dos Deputados aprove o projeto de lei (PL 4.567/16) que retira da estatal a obrigatoriedade nas operações de exploração do pré-sal. De autoria do senador golpista José Serra (PSDB-SP), atual ministro das Relações Exteriores, o projeto vai comprometer o conhecimento tecnológico, a soberania nacional, o desenvolvimento nacional e a autonomia energética do Brasil.;

“É um contrassenso sem precedente oferecer a exploração de campos para estrangeiros num momento em que as maiores empresas do mundo estão reduzindo a produção diante do baixo preço do petróleo. Essa ação lesiva, se confirmada, vai conceder aos estrangeiros o direito de explorar e vender a produção quando o mercado petrolífero se reaquecer. Em síntese, as multinacionais vão garantir reservas a baixo custo para o ciclo de alta”, afirma Zarattini no artigo.

Leia abaixo a íntegra do texto.

Contra a entrega do Pré-Sal

*Carlos Zarattini

A alta produtividade dos campos do pré-sal tem demonstrado o valor dessa extraordinária riqueza. O presidente da Petrobras, Pedro Parente, teve de reconhecer que a previsão de produção dos poços dessa região foi ultrapassada. Era de 15 mil barris diários e estão produzindo 25 mil, chegando até 40 mil.

A Câmara dos Deputados poderá colocar em risco a Petrobras, seu conhecimento tecnológico, a soberania nacional, o desenvolvimento nacional e nossa autonomia energética se aprovar o Projeto de Lei 4567/2016, de autoria do senador José Serra que retira da Petrobras a obrigatoriedade na exploração na camada do pré-sal. Essa proposta entreguista permitirá que as multinacionais explorem os campos do pré-sal sem o essencial controle da Petrobras, que deixará de ser obrigatoriamente operadora.

A condição de operadora garante a Petrobras o conhecimento geológico do nosso subsolo marinho, a decisão sobre as tecnologias adotadas, a preferência para equipamentos produzidos no Brasil e o ritmo adequado de exploração. O petróleo é uma riqueza não renovável e sua exploração deve ser racional, especialmente no cenário atual em que o barril do petróleo está sendo vendido a menos de US$ 40.

O senador Serra, que nunca escondeu sua admiração pelas empresas multinacionais, se vale de dois argumentos falaciosos: dinamização da exploração e incapacidade financeira da Petrobras para custear investimentos.

É um contrassenso sem precedente oferecer a exploração de campos para estrangeiros num momento em que as maiores empresas do mundo estão reduzindo a produção diante do baixo preço do petróleo. Essa ação lesiva, se confirmada, vai conceder aos estrangeiros o direito de explorar e vender a produção quando o mercado petrolífero se reaquecer. Em síntese, as multinacionais vão garantir reservas a baixo custo para o ciclo de alta.

O segundo ponto defendido por Serra é uma falácia. Vender a imagem de que a Petrobras está quebrada, busca de forma criminosa criar um clima favorável no país para que o Congresso vote mudanças no regime de partilha. Mesmo diante dessa campanha severa de enfraquecimento da Petrobras feita por alguns representantes da Direita e setores da mídia, ela segue sendo a quinta maior do mundo e batendo recordes de produção.

A Petrobras tem um caixa de mais de R$100 bilhões e toda capacidade financeira para custear os investimentos. Já recuperou R$ 30 bilhões dos 60 bilhões que foram perdidos com o controle de preços dos derivados do petróleo. Em 2015, o crescimento no Lucro Bruto foi de 23% (R$ 98,6 bilhões) e reduziu em 5% seu endividamento em dólar. Mesmo com os violentos cortes de investimentos a expectativa é que a produção atinja 3,4 milhões de barris/dia em 2021.

A verdade é que esse projeto é a ponta de lança para revogar o regime de partilha que garante hoje a propriedade das jazidas do pré-sal pela União, o controle do ritmo de exploração, o conteúdo nacional que pode desenvolver nossa indústria naval e de equipamentos e a distribuição de recursos dos royalties para Educação e Saúde.

Tudo isso confirma que o golpe contra a presidenta Dilma visou atender aos interesses daqueles que não querem um Brasil autônomo energeticamente e nem economicamente. Essa proposta vai submeter o pré-sal a exploração imediatista com o único objetivo de saciar a sanha entreguista e atender os interesses das multinacionais.

*Carlos Zarattini é deputado federal (PT-SP) e vice-líder da Minoria na Câmara dos Deputados

Foto: Gustavo Bezerra
Mais fotos: www.flickr.com/photos/ptnacamara

Está gostando do conteúdo? Compartilhe!

Postagens recentes

CADASTRE-SE PARA RECEBER MAIS INFORMAÇÕES DO PT NA CÂMARA

Veja Também

Jaya9

Mostbet

MCW

Jeetwin

Babu88

Nagad88

Betvisa

Marvelbet

Baji999

Jeetbuzz

Mostplay

Melbet

Betjili

Six6s

Krikya

Glory Casino

Betjee

Jita Ace

Crickex

Winbdt

PBC88

R777

Jitawin

Khela88

Bhaggo

jaya9

mcw

jeetwin

nagad88

betvisa

marvelbet

baji999

jeetbuzz

crickex

https://smoke.pl/wp-includes/depo10/

Depo 10 Bonus 10

Slot Bet 100

Depo 10 Bonus 10

Garansi Kekalahan 100