Wadih cobra do governo federal ação contra ‘matilha de fascistas’ que ataca caravana de Lula no Sul

O líder em exercício do PT na Câmara, Wadih Damous (RJ), cobrou hoje (26) uma ação enérgica do governo federal contra a ação da “matilha de fascistas” que tem atacado a caravana de Lula pelo Sul do Brasil. “É um bando de milicianos que têm agido sem serem incomodados pela polícia dos estados, num grave atentado à democracia, ao direito de ir e vir das pessoas e à liberdade de manifestação e expressão de opinião”, disse.

Wadih criticou a omissão dos governos estaduais do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná no tocante à segurança do ex-presidente da República e das pessoas que o acompanham. “Hoje, no Paraná, de novo houve a ação de um bando de bandidos, com a conivência do governo local”, denunciou o parlamentar. “Se algo acontecer à integridade física de qualquer membro da comitiva, serão responsabilizados o governo federal e o governo do Paraná”, afirmou Wadih. O governo do Paraná é chefiado pelo tucano Beto Richa.

Força Nacional – O líder em exercício do PT reiterou hoje, em conversa telefônica com o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, que a segurança da comitiva deve ser reforçada, com o envio de agentes da Polícia Federal e, se for o caso, da própria Força Nacional. “É preciso dar um basta, esses bandos armados não podem agir impunemente como tem acontecido até agora”.

Desde o início do trajeto, em Bagé (RS), no dia 19, a caravana foi vítima de atos violentos, nas rodovias, em praças públicas e até em universidades. O deputado observou que, em alguns casos, há conivência das forças de segurança que deveriam garantir o direito de ir e vir e a integridade física do ex-presidente Lula e da ex-presidenta Dilma Rousseff, que o acompanha, dos membros da comitiva e da população que os recebe.

Os métodos desses grupos são tipicamente fascistas. Bloquearam estradas com tratores, máquinas agrícolas e caminhões. Atacaram os ônibus com pedras e ovos, criando risco de graves acidentes. Agrediram pessoas com correntes, barras de ferro, soco inglês e até com chicote. Lançaram pedras e ovos contra o público nas praças e contra o palco onde discursavam Lula e seus companheiros.

TRF-4 – Wadih também criticou a 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), de Porto Alegre, que em apenas dez minutos, sem qualquer discussão, rejeitou nesta segunda-feira o último recurso do ex-presidente Lula na segunda instância contra a confirmação da condenação no caso do tríplex do Guarujá. Wadih Damous disse que o resultado não causou qualquer espanto e surpresa. “Nós já sabíamos que os embargos seriam rejeitados, era tão previsível quanto o resultado de um jogo entre Brasil e Alemanha na última Copa”, ironizou.

“Aquela turma, em relação à Lava Jato e em relação ao ex-presidente Lula, não exerce um processo do julgamento, exerce simplesmente a vontade de condenar”.

Wadih Damous disse que a decisão não afeta a candidatura de Lula à Presidência.  “Quem decide sobre a inelegibilidade ou a elegibilidade de Lula é o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no momento próprio, ou seja, no mês de agosto, data em que os candidatos a presidente têm de registrar suas candidaturas”, destacou o parlamentar.

“Qualquer candidato condenado em segundo grau pode ter o registro da candidatura impugnado, mas é o TSE que decide. E mesmo assim, cabe recurso”.

PT na Câmara

Foto: Gustavo Bezerra

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