Vitória no Egito deve servir de exemplo para mundo árabe, dizem petistas

15-04-10-berzoini-D1A vitória democrática obtida pelo povo egípcio, poderá provocar um “efeito dominó” em outros países árabes, governados por ditadores. A avaliação é dos deputados Ricardo Berzoini (PT-SP) e Carlos Zarattini (PT-SP).

De acordo com os parlamentares, o desfecho positivo das manifestações no Egito, demonstra a força popular e reafirma a democracia como resultado de um mundo globalizado.

Os petistas elogiaram a decisão dos militares de dissolver o parlamento e suspender a Constituição egípcia e defenderam uma ampla participação popular no processo de democratização do país.

“Mais uma vez, ficou comprovada a força da união popular. Sem isso, a ditadura no Egito ainda perduraria por muitos anos. A nossa expectativa é de que transições semelhantes ocorram em todo o mundo árabe e nos demais países onde ainda existe ditadura”, disse o deputado Berzoini.

O desafio agora, de acordo com o parlamentar, é assegurar que o processo de transição seja concluído rapidamente, como prometeram os militares. “A população e a comunidade internacional precisam ficar atentos para que a transição seja de fato concluída. Já tivemos casos em que os militares gostaram do poder e mantiveram o mesmo regime”, alertou Berzoini.

Para o deputado Carlos Zarattini, a renúncia do presidente do Egito é uma grande vitória para a democracia mundial. “Sem essas pressões populares, não haveria renúncia. Agora a população deve trabalhar unida para estabelecer eleições diretas, organizar partidos, reunir os movimentos sociais e implantar a democracia”, destacou. Zarattini acredita que o exemplo do Egito deverá servir de inspiração para a extinção da ditadura em todo o mundo, especialmente entre os países árabes.

Para o embaixador do Brasil no Egito, Cesário Melantonio Neto, o fechamento do Congresso e a suspensão da Constituição do Egito é o caminho mais natural para se estabelecer a democracia no país. De acordo com o embaixador, não há como construir um governo democrático com um parlamento eleito sob suspeita de fraude e com uma Constituição redigida sob um regime ditatorial.

A decisão de dissolver o parlamento e de suspender a Constituição foi anunciada pelo Conselho Supremo das Forças Armadas do Egito, que governa o país desde a queda do ex-presidente Hosni Mubarak na última sexta-feira (11).

Edmilson Freitas com Agência Brasil

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