Os acampamentos golpistas instalados na frente do Congresso Nacional foram retirados pela Polícia Militar no último sábado (21). A operação teve início por volta das 17h e se encerrou pouco depois das 20h. Não houve resistência e os próprios grupos acampados – o que pedia o retorno dos militares ao poder e o que defende o impeachment da presidenta Dilma Rousseff – desarmaram as barracas e recolheram seus equipamentos, como banheiros químicos, churrasqueiras e outros utensílios.
Na última quinta-feira (18), após inúmeros conflitos ocorridos dentro do Congresso e na área dos acampamentos, os presidentes da Câmara e Senado, Eduardo Cunha e Renan Calheiros, juntamente com o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, deram um ultimato aos acampados: eles teriam 48 horas para deixar a área ocupada. Caso contrário, a polícia os retiraria à força. A principal justificativa para a remoção dos acampamentos era a iminência de algum conflito que pudesse resultar em mortes ou feridos graves. Armas de fogo e armas brancas foram apreendidas em posse dos acampados.
O único incidente registrado durante a remoção foi uma discussão entre os “intervencionistas” e alguns militantes de esquerda que defendem o governo. Houve troca de empurrões e xingamentos e a polícia usou gás pimenta para dispersar o confronto.
O deputado Paulo Pimenta (PT-RS) acompanhou a operação policial no local e divulgou um vídeo, na sua página no Facebook, comemorando a “derrota” dos “reacionários que ameaçaram rasgar a Constituição” e que ainda não aceitam o resultado das urnas em 2014. “A democracia mostrou que no Brasil não tem espaço pra isso”, resumiu o parlamentar.
PT na Câmara
Foto: Rogério Tomaz Jr./PT na Câmara