Minirreforma: PT não fará acordo e mantém posição contrária
O líder da bancada do PT na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE) reafirmou nesta semana que o partido vai manter a posição contrária à aprovação da minirreforma eleitoral e, que, para esse tema não tem acordo. A matéria pode entrar na pauta da próxima terça-feira (1º). O líder petista disse ainda que o PT tomou essa posição porque o texto que veio do Senado não toca nas questões eleitorais centrais que “o Brasil espera e deseja”.
De acordo com Guimarães o conteúdo da minirreforma é “insuficiente para enfrentar os desafios do sistema eleitoral brasileiro”. Ele acredita que o país precisa de uma reforma política ampla que trate de temas como o financiamento público de campanha. “A minirreforma não altera em nada o sistema eleitoral brasileiro. É um faz-de-conta. Não serve ao País. O PT não vai votar. Estão querendo desenterrar um defunto”, criticou Guimarães.
Segundo o líder petista, esse foi um dos motivos que levou a bancada do PT a obstruir a votação do tema na sessão da ultima quarta-feira. Guimarães disse ainda que a bancada do PT vai continuar buscando entendimento para votar o Projeto de Decreto Legislativo (PDC 1258/13) – de iniciativa das bancadas do PT, PSB, PDT e PC do B, que prevê a convocação de um plebiscito para ouvir a população sobre pontos da reforma política.
O líder informou também que como forma de agilizar a discussão sobre o PDC, pediu à Comissão de Finanças e Tributação da Câmara para não protelar a análise do mérito da proposta. O projeto precisa passar também pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
Novos partidos – Sobre a criação do Partido Republicano da Ordem Social (Pros) e do Partido da Solidariedade esta semana , José Guimarães adiantou que serão acolhidos com “respeito”. Ele disse que conversou com alguns parlamentares e muitos garantiram a permanência na base do governo. “A maioria dos parlamentares com quem conversamos afirma que, independentemente do partido, estará na base do governo aqui na Câmara”, José Guimarães disse ainda que o PT sempre se posicionou contra o troca-troca de partidos e lutou para aprovar projeto que inviabilizava a chamada “porteira aberta para formar partidos de uma hora para outra”. Se a proposta fosse aprovada, explicou, a dança das cadeiras seria evitada.