O líder do PT na Câmara, deputado Vicentinho (SP), afirmou hoje, em pronunciamento no plenário, que a bancada petista se reúne na próxima semana para discutir a participação nas comissões permanentes da Casa.
“A nossa bancada discute de maneira democrática os seus interesses na elaboração das comissões, às quais têm direito. Evidentemente, deveremos nos relacionar com os outros partidos, partidos da base do Governo, mas também com os partidos da oposição, para que possamos fazer uma composição, a fim de começar com muito gosto o trabalho, com cada um cumprindo o seu papel”, disse Vicentinho. Também está marcado para a próxima terça-feira (11) encontro dos líderes partidários para discutir o tema.
A definição das presidências das 21 comissões permanentes é feita entre os partidos de acordo com o tamanho da bancada de cada um. Neste ano, deve ser criada uma nova comissão com o desmembramento da Comissão de Turismo e Desporto. O objetivo é acomodar o PSC, que presidiu a Comissão de Direitos Humanos e Minorias durante o ano passado.
Defesa – O líder Vicentinho ressaltou que a Bancada do PT vai trabalhar unida para defender os projetos de interesse da classe trabalhadora e os projetos prioritários do governo Dilma. “Se a bancada está unida, está cada vez mais forte para defender a classe trabalhadora, as pessoas que são excluídas, vítimas, como os homossexuais, as mulheres, os indígenas, o povo negro, para defender a dignidade humana como um todo e também para defender os projetos importantíssimos do nosso governo”.
O deputado Vicentinho lembrou que os governos Lula e Dilma conseguiram tirar quase 40 milhões de pessoas da miséria e, também, implantar uma política de valorização do salário mínimo, que, de acordo com ele, hoje equivale a 340 dólares.
No entanto, o líder petista afirmou que ainda é preciso avançar em alguns temas. “A luta deve continuar pelo fim do trabalho escravo no Brasil. Há ainda a regulamentação dos direitos previstos na lei das empregadas domésticas, que foram vítimas dessa exclusão. Também temos a redução da jornada para 40 horas semanais sem redução salarial. Há ainda o debate a respeito do Marco Regulatório da Internet ou do novo Código de Processo Civil, cujo diálogo está em vias de conclusão”, frisou Vicentinho.
Foto: Salu Parente
Gizele Benitz