Viagem de Lula a Moçambique reforça laços Brasil-África

lula_maputoO presidente Luiz Inácio Lula da Silva está em Maputo, capital de Moçambique, para sua última visita à Africa no exercício do cargo. Em sete anos e dez meses de governo, Lula já visitou 27 países do continente, em 11 ocasiões diferentes. Será a terceira vez que ele passará por Moçambique, país mais beneficiado por atividades de cooperação brasileira no mundo depois do Haiti.

O Brasil apoia ou sustenta mais de 30 projetos por meio da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), em áreas variadas como saúde, esporte, agricultura, educação e ciência e tecnologia. O governo também ampliou de forma significativa a presença no continente na área diplomática. Atualmente, o Brasil tem representações em 34 dos 534 países africanos.

Junto com a aproximação, ocorreu o aumento no fluxo de comércio. A África é hoje a quarta maior parceira comercial do Brasil. O total de negócios passou de US$ 5 bilhões em 2003 para US$ 29 bilhões no ano passado. Também cresceu o número de empresas brasileiras que atuam na África.

A agenda do presidente em Maputo inclui iniciativas de cooperação diplomática e comercial. A programação começa hoje, com uma aula magna na Universidade Pedagógica de Moçambique, a primeira instituição estrangeira a fazer parte da Universidade Aberta do Brasil, que capacita professores por meio do ensino a distância.

Lula receberá um grupo de empresários brasileiros e moçambicanos para um encontro no Hotel Serena Polana. Em seguida, irá a um jantar na Residência Oficial da Ponta Vermelha, onde será recebido pelo presidente Armando Emílio Guebuza.

A agenda termina quarta-feira (10) de manhã, com uma visita à futura fábrica de antirretrovirais construída com o apoio do Brasil. O projeto nasceu há sete anos, durante a primeira visita de Lula ao país. O presidente vai conhecer o local onde ela será instalada – um galpão de 2 mil metros quadrados ao lado de uma fábrica de soros do governo moçambicano, na cidade da Matola, vizinha a Maputo.

Ontem técnicos da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz, que fará a gestão técnica da fábrica) terminavam a instalação da primeira máquina da linha de produção: uma emblistadeira argentina, capaz de moldar e embalar comprimidos, que ficará em Moçambique até a chegada do conjunto completo de novos equipamentos adquiridos nos Estados Unidos. A peça, emprestada, foi trazida da Fiocruz há dez dias, em um avião da Força Aérea Brasileira.

Moçambique está entre os dez países mais atingidos pelo vírus da aids no mundo, com índice de prevalência de 15% entre adultos. Ao todo, o país tem cerca de 1,7 milhão de infectados em uma população de cerca de 22 milhões.

Site Vermelho Com agências

 

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