Via Campesina discute segurança alimentar no mundo

Enquanto o Brasil vive a iminência de retornar ao mapa mundial da fome, segundo alerta feito por mais de 40 entidades da sociedade civil brasileira, movimentos camponeses de várias partes do mundo estão reunidos até a próxima semana para criar alternativas que garantam a soberania alimentar. Trata-se da 7ª Conferência Internacional da Via Campesina, o maior movimento camponês do mundo. O evento ocorre em Derio, povoado da província de Bizkaia, no País Basco, até o dia 24 de julho.

Esta conferência acontece a cada quatro anos e é o espaço mais importante da tomada de decisões da Via Campesina. O deputado Marcon (PT-RS), que é assentado da reforma agrária, destaca a importância do movimento, que, segundo ele, dever servir para sensibilizar governantes do mundo inteiro a assumir umas das políticas defendidas pela Via Campesina, que é produzir alimentos de maneira saudável e sustentável para aplacar a fome e a miséria no planeta.

“Esses encontros são importantes, em primeiro lugar, para mostrar que a agricultara familiar e os pequenos agricultores são fundamentais para a estratégia de matar a fome das populações do mundo. Em segundo lugar, sevem de contraponto ao que o agronegócio faz, na medida em que os alimentos produzidos pela agricultura familiar são saudáveis e sem agrotóxicos”, destaca Marcon.

A 7ª Conferência Internacional foi antecedida pela 4ª Assembleia Internacional de Jovens, que aconteceu entre os dias 16 e 17 de julho, e pela 5ª Assembleia Internacional de Mulheres, nos dias 17 e 18 de julho, que proporcionaram espaços para que os jovens e as mulheres camponesas do movimento expressassem seus desafios e suas propostas nesta luta.

“Somos aqueles que trabalham na terra e que alimentam o mundo, mas nossos territórios estão sob ataques constantemente. Enfrentamos uma criminalização crescente. E esta conferência é um passo adiante na internacionalização das nossas lutas, por criar uma estratégia para frear os poderes do capitalismo global e construir um movimento para a mudança”, afirma Elizabeth Mpofu, camponesa do Zimbábue e Coordenadora Geral da Via Campesina.

No domingo (23), a Via Campesina, a EHNE BIskaia (a organização anfitriã do evento e membro do movimento global no País Basco) e as organizações aliadas realizarão uma marcha com os camponeses locais em Bilbao em solidariedade às lutas em defesa das suas terras e de seus territórios e contra os megaprojetos.

Na segunda (24), serão organizadas visitas aos campos de plantação, em que estarão presentes todos os participantes da conferência. Mais visitas aos campos do país acontecerão entre os dias 26 e 28 de julho, desta vez com alguns representantes das nove regiões da Via Campesina.

PT na Câmara com MST

Foto: Via Campesina

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