Foto: Gustavo Bezerra
Presidente interino da Venezuela, Nicolás Maduro, foi confirmado no cargo ao ser eleito no domingo (14). Em um resultado dentro do previsto, com a margem de 1,59 ponto percentual, Maduro derrotou o oposicionista Henrique Capriles e vai governar o país até 2019. As eleições foram convocadas após a morte do líder da Revolução Bolivariana, Hugo Chávez, de quem era vice-presidente.
Nicolás Maduro, “herdeiro político” de Hugo Chávez, tem 50 anos, é do PSUV (Partido Socialista Unido da Venezuela) e venceu o pleito com 50,6% dos votos. O oposicionista Henrique Capriles, 40 anos, do MUD (Mesa de Unidade Democrática) obteve 49,07% dos votos.
“A vitória de Maduro é mais que uma vitória da democracia venezuelana, é uma vitória da América do Sul”, avaliou o deputado Dr. Rosinha (PT-PR), integrante do Parlamento do Mercosul (Parlasul). Ele avaliou que ao escolher o presidente do mesmo grupo que conduziu o país nos últimos 14 anos, o povo da Venezuela confirmou que quer a integração latino-americana e a confirmação do país como integrante do Mercosul. “Para nós Capriles era uma incógnita, ele não tinha uma posição clara sobre a sua política externa e a integração com o Mercosul”, afirmou.
Os desafios de Maduro agora, segundo Dr. Rosinha, serão a de assumir identidade própria, uma vez que ele era o interino de Hugo Chaves. “Ele precisa também tirar a Venezuela da estagnação econômica e social, decorrente dos últimos meses em que o país viveu a doença de Chaves e passou por duas eleições presidenciais”.
O presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara, deputado Nelson Pellegrino (PT-BA) também considerou a vitória de Nicolás Maduro uma sinalização para o fortalecimento da integração do Mercosul. “Foi uma vitória muito importante para o destino da América do Sul. Agora é trabalhar para o fortalecimento do Mercosul, da Unasul (União de Nações Sul-Americanas) e para integrar a Venezuela nos fóruns internacionais”, afirmou.
Nota – O Partido dos Trabalhadores, em nota divulgada nesta segunda-feira (15), saúda a vitória de Nicolas Maduro e afirma que “mais uma vez as urnas, o voto popular e a democracia decidiram os rumos da República Bolivariana da Venezuela”. O documento é assinado pelo presidente nacional do PT, Rui Falcão; pela secretária de Relações Internacionais do PT, deputada Iriny Lopes (ES); e pelo diretório nacional do PT e secretário executivo do Foro de São Paulo, Valter Pomar.
Vânia Rodrigues, com agências