Valmir vê acobertamento de denúncias contra FHC: “Dois pesos e duas medidas”

valmir gustavo

O deputado Valmir Assunção (PT-BA) condenou, em discurso na Câmara, nesta quarta-feira (11), os “dois pesos e duas medidas” adotados pela mídia brasileira com intuito de proteger aqueles que disputaram e perderam as eleições de 2014, mas não respeitam o resultado das urnas. De acordo com o petista, setores da imprensa escondem os fatos quando estes dizem respeito à oposição liderada pelo PSDB, DEM e Fernando Henrique Cardoso, mas, amplificam e inventam denúncias quando se trata do ex-presidente Lula e da Petrobras.

“É anormal os meios de comunicação nacionais não darem às denúncias envolvendo FHC a mesma repercussão que dão às matérias relativas ao presidente Lula”, reclamou.

Ele também denunciou o silêncio dos parlamentares de oposição que vivem na tribuna da Câmara “arrotando” ética. “Eu acho que a oposição tem que falar algo sobre isso. Se concorda com Fernando Henrique Cardoso ou não. Ela está caladacom relação a isso”, cobrou Valmir.

“Em uma democracia, isso está errado. Está errado por quê? Porque a oposição não pode ficar calada diante de um fato gravíssimo, que foi a Odebrecht doar quase R$ 1 milhão ao Instituto Fernando Henrique para compra de materiais de consumo interno. Não foi para pagamento de palestras”, denunciou Valmir Assunção.

O deputado lembrou que FHC considerou “normal” ter recebido o montante da empreiteira envolvida na Operação Lava Jato, da Polícia Federal. Não bastasse isso, o tucano também considerou “legal” o recebimento de R$ 500 mil da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). “A empresa não poderia ter doado os 500 mil reais, mas ele os recebeu pelo Instituto. Se fosse com o Instituto Lula, é lógico que isso teria uma repercussão muito grande nesta Casa”, lamentou.

“Espero que, do mesmo jeito com que quis penalizar, criminalizar o presidente Lula, o Procurador da República chame o ex-presidente FHC para saber por que ele recebeu, pelo Instituto Fernando Henrique Cardoso, dinheiro das empresas da Lava-Jato. É preciso haver essa explicação”, salientou.

Benildes Rodrigues

Foto: Gustavo Bezerra

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