O deputado Valmir Assunção (PT-BA) apresentou projeto de lei (PL 2857/11) que inscreve no Livro de Heróis da Pátria o nome de Carlos Marighella. “É uma forma de homenagear esse cidadão que, de fato, foi um herói para o povo brasileiro, pois teve a coragem de enfrentar a ditadura militar. Ele foi tido como o inimigo número um da ditadura e no último dia cinco de dezembro completaria 100 anos”.
Carlos Marighella nasceu em Salvador, em 1911. Aos 18 anos tornou-se militante do Partido Comunista. Em 1932 foi preso pela primeira vez. Em 1936 foi novamente preso, torturado durante 23 dias e permaneceu preso por um ano. Volta à prisão em 1939 e mais uma vez é torturado. Anistiado em abril de 1945, retornou à clandestinidade em 1948 com a repressão desencadeada pelo governo Dutra. Em 1950 retorna a militância. A partir do final de 1968, com o endurecimento do regime militar,
Marighella passou a ser apontado como inimigo público Número Um, transformando-se em alvo de uma caçada que envolveu, a nível nacional, toda a estrutura da polícia política.
Na noite de 4 de novembro de 1969 Marighella foi surpreendido por uma emboscada na alameda Casa Branca, na capital paulista, e foi assassinado com vários tiros.
Gizele Benitz