Valmir Assunção critica “indignação seletiva” e cita proteção a Eduardo Cunha

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O deputado Valmir Assunção (PT-BA), em discurso no plenário da Câmara, apontou mais uma vez a indignação seletiva que se transformou numa marca da hipocrisia e do falso moralismo. O petista mostrou a contradição daqueles parlamentares que apoiam a atitude do presidente golpista Michel Temer de vetar o uso de avião da FAB pela presidenta legitimamente eleita, Dilma Rousseff, mas que silenciam para o fato de Eduardo Cunha, afastado das funções de deputado e de presidente da Câmara, gastar R$ 500 mil por mês.

“Nesses dois meses, isso soma mais de 1 milhão de reais. No entanto, não vejo a indignação dos parlamentares do DEM nem do PSDB, nesta tribuna, nem a indignação de Michel Temer, golpista, com essa situação. Em vez disso, o que ele fez? Tomou a decisão de suspender o avião que, por lei, pode conduzir a presidenta Dilma para realizar atividades no Brasil. Ele tomou a decisão de fazer essa suspensão”, detalhou.

Valmir Assunção lembrou ainda que não há justificativa para tal proibição, já que Dilma continua presidente do Brasil. “Ela não está no cargo exercendo o mandato, porque houve um golpe, mas o processo ainda está transitando. No caso de Eduardo Cunha, é um corrupto que está sendo denunciado pelo Supremo Tribunal Federal, foi afastado pelo STF, e o Conselho de Ética está discutindo justamente a cassação do seu mandato”, afirmou.

O petista denunciou ainda que, além de não existir essa indignação contra Cunha, a turma de Temer, juntamente com o DEM e o PSDB, articula para salvar Eduardo Cunha. “Essa é a grande realidade, querem salvar Eduardo Cunha, que está apavorado, tentando encontrar os votos para salvá-lo lá no Conselho de Ética. No dia da votação, quero ver se os deputados ligados ao governo golpista vão salvar Cunha, porque, se salvarem, é uma decisão de Michel Temer, será uma decisão dele, que será absurda”, completou.

Segundo o deputado Valmir Assunção, as gravações feitas pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado revelaram claramente a arquitetura do golpe, que, em sua opinião, será desfeito ao fim do processo de julgamento.  “Michel Temer, juntamente com Romero Jucá e com esse grupo do PMDB, trabalhou com Eduardo Cunha para tirar Dilma do governo, mas ela vai voltar, porque o Senado vai fazer justiça e vai reconduzir de novo Dilma à Presidência do Brasil”.

PT na Câmara
Foto: Gustavo Bezerra/PT na Câmara
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