O líder do Governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), disse esperar que até o dia 27 a base aliada esteja unida em torno do reajuste de 7% para os aposentados que ganham acima do salário mínimo. Vaccarezza lembrou que 69,7% dos aposentados (ou seja, aqueles que ganham benefício igual ao salário mínimo) receberam reajuste equivalente a 100% do PIB.
“Os parlamentares que insistem em um aumento maior do que 7% estão defendendo uma minoria”, disse. Relator da medida provisória que institui os 7% a partir de janeiro deste ano, Vaccarezza declarou que fará um trabalho de convencimento dos deputados. Os 7% da MP significam reajuste de 67% do PIB.
Vaccarezza destacou, porém, que “há uma lacuna” em relação àqueles que ganham pouco mais do que o salário mínimo. “Há muitas distorções e injustiças que terão de ser sanadas por uma reforma administrativa no próximo ano” , afirmou. O líder citou levantamento do Ministério da Previdência segundo o qual existe uma pessoa cujo benefício é de R$ 50.242; outra ganha R$ 47 mil; e três recebem benefícios de R$ 30 mil cada, devido aos acúmulos.
Isenções – Sobre a decisão tomada ontem pelo Senado, de isentar de pagamento à Previdência os aposentados que voltaram à ativa, Vaccarezza disse se tratar de “uma irresponsabilidade”. “Ninguém que votou a favor disso tem noção do impacto nas contas do país”, criticou. O projeto aprovado garante a retroatividade do benefício a 1995.
Para o líder do Governo, além de “desorganizar completamente a máquina”, a medida é injusta. “Se a pessoa está trabalhando, parte desse trabalho deve financiar a Previdência.” “Uma das coisas mais corretas e justas que existem é a contribuição para a Previdência. Todos vamos envelhecer, precisamos de um sistema sustentável”, completou.
Assessoria Parlamentar
