Unidas, centrais sindicais apresentam Agenda Legislativa 2022

Foto: Agência Senado

A segunda edição da Agenda Legislativa das Centrais Sindicais traz uma série de 35 projetos em tramitação no Senado (13) e na Câmara dos Deputados (22) e que serão acompanhados pelos sindicatos, seja para aprovar, seja para derrubar. Na avaliação do Fórum das Centrais Sindicais, são projetos que impactam diretamente na vida dos trabalhadores e da população em geral. A Agenda Legislativa também se posiciona sobre avanço do desmatamento, liberação de agrotóxicos, ocupação de terras indígenas, além de apoiar a igualdade salarial entre homens e mulheres e o combate ao racismo estrutural.

A maioria dos projetos que serão combatidos pelas centrais sindicais está na pauta do governo e foi apresentada na mensagem presidencial ao Congresso no início do ano. Para o senador Paulo Paim (PT-RS), autor do requerimento de audiência pública, a lista de prioridades governistas é preocupante “porque as matérias mostram a insistência em propor projetos que retiram os direitos dos trabalhadores e diminuem o papel do Estado como indutor de políticas públicas de caráter social e humanitário”. Paim lembrou que o discurso do Planalto é o mesmo de anos anteriores, e que a realidade brasileira contradisse as previsões feitas.

“Falaram que a reforma trabalhista geraria 10 milhões de empregos, falaram que a reforma da Previdência geraria outros 10 milhões de empregos, eu tenho isso gravado nos debates aqui da comissão. E que o Brasil estava muito bem. Nada disso aconteceu, o desemprego mais uma vez bate recorde, o PIB caiu, a inflação não para de subir, a fome e a miséria voltaram a assombrar a nossa gente. É inadmissível que depois do fracasso dessas reformas o governo apresente como prioridades matérias que tendem a retirar direitos dos trabalhadores e da população como um todo e atentam contra os direitos humanos”.

Um exemplo dessa luta, na opinião do presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Sérgio Nobre, foi a resistência contra a privatização dos Correios. Num aparte, Paim explicou: “Conseguimos trancar aqui no Senado, numa luta ferrenha, graças à persistência e à firmeza do movimento sindical, com a ajuda dos senadores que compraram esse debate”. O exemplo dos Correios foi juntado por Sérgio Nobre a outras empresas estratégicas, como Petrobras e Eletrobras, que, segundo ele, precisam voltar a cumprir o papel de agentes do desenvolvimento.

“Preocupa-nos a agenda de desmonte do Estado, porque ao longo da nossa história, todos os períodos em que o país cresceu com geração de emprego foi com o planejamento do Estado e o investimento forte do Estado, porque a iniciativa privada ajuda, mas ela não tem condições de fazer os investimentos que o país precisa. E as estatais brasileiras são o instrumento de desenvolvimento do nosso país”.

Nessa mesma linha, os dirigentes sindicais sustentam que é preciso derrubar a agenda pós-golpe de 2016, que teve entre suas molas o desmonte da legislação trabalhista. Para Edson Carneiro Índio, secretário-geral da Intersindical Central da Classe Trabalhadora, “a cada projeto apresentado pela direita a gente vem aqui e alerta: isso não vai gerar emprego, não é possível gerar empregos se você reduz investimento público, se você reduz a renda das famílias, que é o principal motor da economia brasileira há muito tempo”.

Reverter a reforma trabalhista, que entrou em vigor em 2019, é outra bandeira das centrais sindicais, essa para ser empunhada no ano que vem. O líder do PT, senador Paulo Rocha (PA), acredita na viabilidade de se construir uma nova proposta nessa área em 2023.

“Recuperando a democracia, vêm junto espaços de organização e atuação, e a possibilidade de recuperar o que foi perdido. Temos capacidade para aglutinar ideias em torno de uma proposta de reforma trabalhista nova, que ao mesmo tempo esteja à altura dos novos processos tecnológicos e resgate o respeito às conquistas da classe trabalhadora”.

O senador ainda parabenizou as centrais sindicais pela unidade política demonstrada na audiência. “Uma união fundamental. Lembra a Constituinte, quando conquistamos o direito à autonomia sindical e o direito de greve, e também a luta crescente do meio sindical, que nos levou a ocupar desde o chão de fábrica até os espaços institucionais, como aqui no Congresso.”

Também estiveram presentes Ricardo Patah, presidente da União Geral dos Trabalhadores; Miguel Torres, presidente da Força Sindical; José Gozze, presidente da Pública Central do Servidor; Clemente Ganz, sociólogo e assessor do Fórum das Central Sindicais; Adilson Araújo, presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB); Moacyr Roberto Tesch, vice-presidente da Nova Central Sindical; Geraldo Rodrigues, da Central de Sindicatos do Brasil (CSB); e Maria das Graças Costa, presidenta do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap).

PT no Senado

 

Está gostando do conteúdo? Compartilhe!

Postagens recentes

CADASTRE-SE PARA RECEBER MAIS INFORMAÇÕES DO PT NA CÂMARA

Veja Também

Jaya9

Mostbet

MCW

Jeetwin

Babu88

Nagad88

Betvisa

Marvelbet

Baji999

Jeetbuzz

Mostplay

Melbet

Betjili

Six6s

Krikya

Glory Casino

Betjee

Jita Ace

Crickex

Winbdt

PBC88

R777

Jitawin

Khela88

Bhaggo

jaya9

mcw

jeetwin

nagad88

betvisa

marvelbet

baji999

jeetbuzz

crickex

https://smoke.pl/wp-includes/depo10/

Depo 10 Bonus 10

Slot Bet 100

Depo 10 Bonus 10

Garansi Kekalahan 100