Líderes estudantis da União Nacional dos Estudantes (UNE), do Centro Acadêmico XI de Agosto da Faculdade de Direito do Largo do São Francisco, da União Brasileira dos Estudantes Secundarista (UBES) entregaram ao presidente da Câmara, nesta quarta-feira (24), quatro abaixo assinados com mais de 700 mil assinaturas que pedem a imediata renúncia de Michel Temer da presidência da República ou a rápida abertura do processo de impeachment.
Os estudantes também pediram a Rodrigo Maia a aprovação da PEC 227/16, que prevê eleições diretas até os últimos seis meses de mandato. Os estudantes foram acompanhados por dezenas de deputados do PT e de outros partidos de oposição.
As assinaturas dos abaixo assinados estão divididas em 40 mil da plataforma da UNE, 180 mil assinaturas na página do Centro Acadêmico XI de Agosto na plataforma Change.org e outras 480 mil assinaturas na plataforma Avaaz.
No documento, os dirigentes estudantis afirmam que Temer precisa deixar imediatamente a presidência da República por conta das graves denúncias e provas que constam na ação da Procuradoria Geral da República (PGR), e aceita pelo STF, e que demonstram, “no mínimo, crime de responsabilidade”, como já afirmou a OAB em seu pedido de abertura de processo de impedimento.
Os estudantes lembram na petição que “Temer é o primeiro presidente da história a ter processo de investigação solicitado pela Procuradoria Geral da República e autorizado pelo STF”, pelas práticas dos crimes de obstrução da justiça, corrupção passiva e organização criminosa.
Como saída para a crise, a UNE e as demais entidades estudantis defendem a realização de eleições diretas “como forma de resgatar a normalidade democrática” e “enterrar o pacote de retrocessos promovidos por Michel Temer e seus aliados”. No documento os estudantes ainda condenaram qualquer tentativa de eleger o substituto de Temer pela via indireta.
“Esse congresso, com centenas de deputados e senadores investigados, não possui nenhuma moral, nem legitimidade real para escolher o próximo presidente, mesmo que por alguns meses”, afirma o documento.
Héber Carvalho