Um ano após eleições, oposição ainda não desceu do palanque, lamenta líder do PT

siba moema

Nesta segunda-feira (26) faz um ano que a presidenta Dilma Rousseff foi reeleita em segundo turno, por meio do voto popular, para ocupar a Presidência da República. E há 365 dias que a oposição, capitaneada principalmente pelo PSDB/DEM/PPS, insiste na tentativa de realizar um “terceiro turno” no País. Foram 18 pedidos de impeachment, quatro ações impetradas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), CPIs manipuladas e articulação com o Tribunal de Contas da União (TCU) para derrubar o Governo legitimamente eleito.

A perseguição contra o mandato da presidenta Dilma Rousseff começou quatro dias após o resultado final da eleição, em segundo turno. Na ocasião, o PSDB entrou com um pedido no TSE para verificar o sistema de apuração e contagem dos votos. No início deste mês, quase um ano depois, a auditoria feita pelo próprio PSDB concluiu que não houve fraude nas eleições de 2014. Agora, o novo discurso do PSDB é que houve “pedalada fiscal” na atual gestão da presidenta Dilma.

O líder do PT na Câmara, deputado Sibá Machado (AC), criticou o PSDB, DEM, PPS e seus partidos aliados por continuarem insistindo na tese do golpismo, inconformados com a derrota eleitoral. “O PSDB, liderado pelo senador Aécio Neves (MG), age como um abutre, inspirado no golpismo de Carlos Lacerda e da UDN, que na falta de votos e de apoio popular estimulavam o rompimento democrático”, disse o líder. “Os tucanos e seus aliados golpistas precisam entender que o Brasil mudou, o mundo mudou e, se quiserem, que disputem as eleições de 2018, com propostas concretas para o País”, acrescentou.

O líder observou que, enquanto a presidenta Dilma tenta colocar o País nos trilhos, a oposição boicota e usa o mantra do golpe, com mentiras e distorções propagandeadas pela mídia conservadora, que age com um partido político oposicionista. “Tentam pedidos de impeachment, ações no TSE, manipulações em CPIs, numa articulação fascista e reacionária que demonstra completo desprezo à democracia que foi duramente conquistada”, disse o líder.

Sibá sublinhou que as dificuldades econômicas atuais, decorrentes da turbulência global, não justificam o ódio e o rancor do PSDB e seus aliados. “Democracia constrói-se com tolerância, diálogo e eleições, com os perdedores acatando o resultado das urnas. É preciso respeitar opiniões contrárias, o contraditório, mas a oposição tenta envenenar os brasileiros, com a tese do quanto pior, melhor. Essa postura é medieval, não condiz com o padrão civilizatório que almejamos para o Brasil”.

Para Sibá, além do inconformismo com a derrota eleitoral, a oposição encabeçada pelo PSDB move-se também pelo ódio às conquistas econômicas e sociais alcançadas pelo Brasil nos últimos 12 anos, com Lula e Dilma. “Para quem quebrou o Brasil três vezes, tinha taxa de desempregos recorde, gerou um apagão de energia que durou mais de um ano e entregou patrimônio público a preço de banana, como foi no governo FHC, é difícil aceitar os êxitos dos governos do PT, que colocaram o Brasil num outro nível na comunidade internacional, com crescimento, distribuição de renda e justiça social”, disse Sibá.

Ações no Parlamento – Na opinião da deputada Moema Gramacho (PT-BA), os 54 milhões de votos recebidos por Dilma despertaram “a fúria” da oposição. “Desde a reeleição, a oposição vem demostrando ódio contra a gestão PT. Eles ainda não se conformaram em terem perdido a eleição”, afirmou. Esse ódio contra o partido e a insistência pelo terceiro turno, “traz riscos para o País e prejudica o trabalho da equipe do governo”, alertou.

Moema acrescentou que a tentativa de golpe, arquitetada pela oposição, tem causado também atraso nas ações do Parlamento. “Pautas importantes aguardam votação no Congresso Nacional, como as propostas de ajuste econômico para ajudar na superação da crise, mas elas não são apreciadas por falta de compromisso da oposição com o Brasil”, criticou.

Entre as medidas que poderão contribuir para o aumento da receita do governo, mas que não avançam no Parlamento estão a aprovação da Desvinculação de Receitas da União (DRU), a repatriação de recursos não declarados depositados no exterior, que, na estimava do governo, ajudaria a arrecadar aos cofres da União entre R$ 100 e R$ 150 bilhões.

Outra proposta que continua sem consenso, porém ajudaria o cenário econômico do País, é a restituição da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), que prevê maior contribuição por parte dos mais ricos.

Equipe PT na Câmara, com Agência PT

Fotos: Salu Parente

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