Derrota na Reforma da Previdência, o governo golpista de Michel Temer quer um novo “pacote de maldades” para “punir o povo brasileiro”, que barrou o fim do direito a uma aposentadoria digna. O alerta é do deputado Pedro Uczai (PT-SC), que em discurso na tribuna da Câmara nesta semana criticou a proposta de privatização do sistema Eletrobras. “Nós estamos mobilizando a sociedade contra este crime que o Temer quer fazer. Se privatizar a Eletrobras, a conta de luz vai aumentar. E nós não podemos permitir isso”, afirmou.
Pedro Uczai, que preside a Frente Parlamentar em Defesa da Eletrosul, destacou as mobilizações populares e o lançamento de outras frentes parlamentares para impedir a privatização do sistema elétrico brasileiro. Esse governo ilegítimo, que foi derrotado na Reforma da Previdência, quer agora entregar o sistema elétrico, o sistema Eletrobras, mas não temos dúvida alguma de que vamos derrotar de novo esse Governo entreguista. Por quê? Porque estamos mobilizando a sociedade brasileira”, reforçou.
O deputado do PT de SC lembrou que a universalização do direito à energia vai acabar se houver a privatização. “Vão acabar com o Programa Luz para Todos”, criticou. E acrescentou que a modicidade tarifária só será possível se for mantida no instrumento público, de estatal, de empresa pública, até porque 1kWh, que custa em torno de R$ 60, no sistema Eletrobras, na hora em que ocorrer a privatização e a venda e for para o mercado livre, essa energia passará a custar entre R$ 200 e R$ 250.
“Portanto, nós estamos discutindo não só a questão da soberania nacional, de entregar para os estrangeiros esse patrimônio, não só o ponto de vista energético, como estratégico para o desenvolvimento de um país e uma nação, mas também o acesso e o direito à energia como um direito fundamental e universal e também o preço”, alertou.
Na avaliação do deputado Uczai, com a privatização os empresários vão pagar uma taxa maior de energia, os trabalhadores e os agricultores vão pagar mais pela energia, e o poder público, os municípios, lá na iluminação pública, vão pagar mais pelo preço da energia. “Por isso, é importante a mobilização para derrotarmos a privatização. Água e energia não são mercadorias. São um bem público, um bem universal, um direito de todos”, conclui.
Vânia Rodrigues