Trocar o presidente da Petrobras não resolve, é preciso mudar a política de preços dos combustíveis, defendem petistas

Parlamentares da Bancada do PT na Câmara usaram suas redes sociais neste sábado (20) para criticarem os aumentos excessivos nos valores dos combustíveis e do gás de cozinha, além da demissão do presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco. O presidente Jair Bolsonaro anunciou, nesta sexta-feira (19), que o general da reserva Joaquim Silva e Luna assumirá o cargo.

“Bolsonaro põe militar na Petrobras para tentar se equilibrar entre dólar alto e preço do petróleo e conter greve dos caminhoneiros. Sem mudar dolarização dos combustíveis e privatização do refino, não adianta trocar nomes. Vai ser conversa”, afirmou a presidenta nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR).

A troca na presidência da estatal acontece depois de Bolsonaro criticar o aumento sucessivo nos combustíveis, em política comandada pela Petrobras. O titular do Planalto estava incomodado com a pressão popular por causa dessas altas. Neste ano, já foram anunciados quatro aumentos, o último ocorreu na quinta-feira (18).

O novo líder da Bancada do PT na Câmara, deputado Bohn Gass (RS), afirmou que toda essa crise é resultado do desgoverno Bolsonaro. “Chegamos lá. Gasolina a mais de R$ 5, gás de cozinha a mais de R$ 100 e o diesel pela hora da morte. Não é sina, não é destino, é resultado do desgoverno Bolsonaro”, reforçou.

Para o deputado Enio Verri (PT-PR) tudo que Bolsonaro toca “apodrece”. “O destrambelhado anúncio de Bolsonaro, de que vai intervir nos preços dos combustíveis, sem apresentar qualquer proposta de estudo para a medida, fez os acionistas se arrepiarem e o valor de mercado da Petrobras despencou em mais de R$ 28 bilhões. Em tudo que ele toca apodrece”, criticou.

Política de Preço

O deputado Afonso Florence (PT-BA) afirmou que a política de preços adotada por Bolsonaro é um “desastre”. “A política de preços de combustíveis é um desastre, a venda de refinarias, suspeitíssima, lesiva ao País. A ideia de zerar tributos no setor, insustentável. Bolsonaro está arrasando a cadeia de petróleo e gás nacional. Tem que ser impedido”, defendeu.

O deputado Pedro Uczai (PT-SC) também defendeu mudança na política de preços da Petrobras. “Trocar o presidente da companhia não resolve. O que precisa mudar é a política de preços dos combustíveis. Os preços devem considerar questões nacionais e não os interesses das petroleiras privadas internacionais”, enfatizou.

“Essa mudança na Presidência da Petrobras mostra mais uma vez a dicotomia entre o que Bolsonaro prega e suas ações, que de forma irresponsável, causa um imenso prejuízo aos investidores e ao País”, afirmou o deputado Zé Carlos (PT-MA).

Militarização

Na avaliação do deputado Alexandre Padilha (PT-SP), Bolsonaro não sabe lidar com os problemas e sempre coloca um General no lugar. “Bolsonaro não sabe o que faz com a política, bota um general! Não sabe como lidar com a Saúde, bota um general, com a Petrobras, bota um general! Se prepara Guedes…em meses a economia vai bota um general”, ironizou.

Leia mais comentários dos deputados:

Paulo Teixeira (PT-SP) – “Presidente da República demite o presidente da Petrobras e nomeia um general no lugar”.

Reginaldo Lopes (PT-MG) – “A política de Pedro Parente na Petrobras foi mantida pelos sucessores. Não adianta mudar nomes, o que precisa ser revisto é o Preço Paritário de Importação (PPI) e a sanha privatista sobre as refinarias. Só em 2021, os aumentos da Petrobras foram de 35%”.

Nilto Tatto (PT-SP) – “O partido Novo está fechado com Bolsonaro e com o bolsonarismo, enquanto isso, Amoedo, segue declamando loas do seu tosco liberalismo ao Beato Salu, vulgo Guedes. Aquele que de tão prestigiado no desgoverno, teve seu pupilo Castello Branco substituído por um general”.

 

Lorena Vale com Revista Fórum

 

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