Transposição do São Francisco será concluída em 2015, afirma ministro da Integração

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FOTO: GUSTAVO BEZERRA/PT NA CÂMARA

O ministro da Integração Nacional, Francisco Teixeira, participou de audiência pública na Comissão de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e da Amazônia, nesta quarta-feira (9), para falar sobre as ações do órgão, especialmente do projeto de Integração do rio São Francisco com as Bacias do Nordeste.

Teixeira explicou que, de fato, houve atraso no cronograma do projeto da transposição, mas afirmou que as obras tiveram o ritmo acelerado e garantiu que a conclusão do projeto no tempo previsto originalmente não será comprometida. “Continuamos trabalhando com o prazo de dezembro de 2015 e a ideia é que o Eixo Norte esteja pronto em julho do próximo ano, fazendo com que a água chegue ao Ceará”, informou o ministro.

As obras da transposição tiveram início em 2008 e o ministro disse que as mesmas serão concluídas em sete ou oito anos, prazo considerado pertinente para um projeto desse porte, mas considerou legítimas as reclamações. “Há obras de integração de bacias em outros países do mundo que são feitas até em maior tempo, em dez, quinze anos. Claro que queremos imprimir velocidade e que os representantes da sociedade têm o direito de reclamar, sobretudo diante da seca que vive o Nordeste hoje” disse Teixeira, frisando também “que não há nenhuma obra desse porte que seja tão fiscalizada pelo Tribunal de Contas da União quanto essa”.

O deputado Fernando Ferro (PT-PE) avalia que o tempo perdido devido aos contratempos iniciais do projeto já foi recuperado. “É evidente que houve problemas de licenciamento ambiental e problemas de gestão quando o ex-ministro Geddel [Vieira Lima] esteve à frente do ministério da Integração, que perdeu a dinâmica de trabalho e a capacidade gerencial, mas isso foi superado e esse projeto marca a história do Brasil e é estratégico para a segurança hídrica do Nordeste e especialmente do semi-árido”, opinou Ferro.

“Basta percorrer os canteiros de obras que é possível constatar a quantidade de pessoas e de recursos que estão mobilizados nesse projeto e o quanto ele está impactando positivamente a região”, complementou Ferro.

Enchentes O deputado Francisco Praciano (PT-AM) participou da audiência e manifestou preocupação com as enchentes que afligem a região amazônica e prejudicam a população, inclusive na questão de abastecimento hídrico para consumo humano. “Tem cidades inteiras que são cobertas todos os anos e quando o rio sobe, a água deixa de ser potável. É preciso incluir a Amazônia no projeto de cisternas, talvez uma cisterna diferenciada, mas isso é necessário”, sugeriu Praciano.

Já o deputado Miriquinho (PT-PA) cobrou do ministro mais atenção com o arquipélago de Marajó, cujos municípios estão entre os piores do Brasil no tocante ao Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). “Seria importante se nos debruçássemos ainda mais sobre a questão do pleno de desenvolvimento de Marajó, onde o IDH e a renda per capita são os mais baixos do País”, propôs o parlamentar paraense.

Rogério Tomaz Jr.

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