Trabalhadores da indústria têm aumento em fevereiro, diz IBGE

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O valor da folha de pagamento real dos trabalhadores da indústria brasileira, livre das influências temporárias, avançou 1,6% em fevereiro de 2014, frente ao mês imediatamente anterior. Os dados fazem parte da Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário (Pimes), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada nesta sexta-feira (11).

 

Para o deputado Eudes Xavier (PT-CE), titular da Comissão do Trabalho da Câmara, os ganhos dos trabalhadores com o aumento na folha de pagamentos tem entre principais reflexos a melhoria do poder de compra dos brasileiros. “Os governos do ex-presidente Lula e da presidenta Dilma, têm atuado para recuperar o poder de compra da população. Entre as principais medidas, o aumento real do salário mínimo nos últimos 11 anos de 73%”, destacou.

 

Ainda de acordo com o parlamentar, diferentemente do que ocorreu em governos passados, a recuperação do poder de compra tem impulsionado setores como o da indústria e do comércio. “Com o aumento do consumo, vários setores da economia tem condições de reajustar o salário dos servidores acima da inflação”, afirmou Eudes.

 

Impacto – O principal impacto positivo sobre a média global foi observado em São Paulo (3,1%), impulsionado em grande parte pelas taxas positivas em 12 dos 18 setores investigados. Setorialmente, ainda no índice mensal, o valor da folha de pagamento real no total do País avançou em 13 dos 18 ramos investigados, com destaque para alimentos e bebidas (5,1%), minerais não metálicos (13,8%) e meios de transporte (2,9%).

 

O aumento foi puxado, segundo o IBGE, pela influência positiva da indústria de transformação (0,5%), já que o setor extrativo recuou 0,5%. Ainda na série com ajuste sazonal, o índice de média móvel trimestral para o total da indústria cresceu 0,4% na passagem dos trimestres encerrados em janeiro e fevereiro de 2014 e manteve a trajetória ascendente iniciada em outubro último.

 

Na comparação com igual mês do ano anterior, o valor da folha de pagamento real assinalou crescimento de 2,5% em fevereiro de 2014, segundo resultado positivo consecutivo nesse tipo de confronto.

 

No índice acumulado no primeiro bimestre de 2014, o valor da folha de pagamento real na indústria avançou 3,1% e reverteu a queda de 1,6% observada no último trimestre de 2013, ambas as comparações contra igual período do ano anterior. A taxa anualizada, índice acumulado nos últimos 12 meses, ao crescer 1,6% em fevereiro de 2014, repetiu o índice de janeiro último.

 

Na comparação com igual mês do ano anterior, o valor da folha de pagamento real apontou avanço de 2,5% em fevereiro de 2014, com resultados positivos em nove dos 14 locais investigados.

 

Regiões – O principal impacto positivo sobre a média global foi observado em São Paulo (3,1%), impulsionado em grande parte pelas taxas positivas em 12 dos 18 setores investigados, com destaque para a expansão no valor da folha de pagamento real nas indústrias de alimentos e bebidas (10,7%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (12,4%), máquinas e equipamentos (2,6%), borracha e plástico (6,1%), metalurgia básica (9,9%), meios de transporte (1,4%) e vestuário (12,9%).

 

Vale citar também os resultados positivos assinalados pelas regiões Norte e Centro-Oeste (8,4%) pelos estados do Paraná (5,0%), Minas Gerais (1,5%) e Santa Catarina (3,1%). O Norte foi influenciado principalmente pelos avanços nos setores de minerais não metálicos (109,4%), impulsionado pelo pagamento de participação nos lucros e resultados em importante empresa do setor, e alimentos e bebidas (7,6%).

 

No Centro-Oeste, o avanço é explicado especialmente pelo crescimento de 27,9% assinalado pelo ramo de meios de transporte. Minas Gerais teve expansões registradas em indústrias extrativas (6,7%), metalurgia básica (5,6%) e minerais não metálicos (15,4%). E Santa Catarina registrou avanços em alimentos e bebidas (11,6%), vestuário (7,3%), borracha e plástico (7,4%), metalurgia básica (9,0%), outros produtos da indústria de transformação (12,6%), madeira (11,3%), produtos têxteis (3,5%) e minerais não-metálicos (5,4%).

 

Em sentido contrário, a principal influência negativa foi no Rio de Janeiro (-2,2%), em grande parte, pelas indústrias extrativas (-6,4%), papel e gráfica (-16,5%) e meios de transporte (-6,7%).

 

Héber Carvalho com Portal Brasil

 

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