Trabalhador CLT paga oito vezes mais impostos que ricos no Brasil

Presidente Lula tem cumprido à risca promessa de colocar o rico no imposto de renda e o pobre no orçamento Foto: Site do PT

Governo federal discute criação de imposto mínimo de 12% a 15% sobre rendimentos dos cerca de 250 mil brasileiros que ganham mais de R$ 1 milhão por ano, para promover justiça social e subir faixa de isenção do IR; arrecadação seria de R$ 90 bi anuais

O governo federal estuda a criação de um imposto mínimo entre 12% e 15% sobre os rendimentos dos cerca de 250 mil brasileiros que ganham mais de R$ 1 milhão por ano. Essa tributação sobre rendimentos no topo da pirâmide social, em debate nos bastidores do Planalto e dada como certa pela imprensa, promete ser uma virada na luta pela justiça tributária no Brasil.

A proposta visaria corrigir a distorção em que os trabalhadores CLT pagam proporcionalmente até oito vezes mais impostos que os milionários, beneficiários da isenção sobre lucros e dividendos. A medida pode gerar até R$ 90 bilhões anuais, que seriam usados para elevar a faixa de isenção do IR para aqueles que ganham até R$ 5.000 mensais, promessa de campanha do presidente Lula.

Leia maisEfeito Lula: arrecadação federal bate recorde em setembro, de R$ 203 bi

Desproporção tributária

Segundo o pesquisador Guilherme Klein Martins, do Centro de Pesquisa em Macroeconomia das Desigualdades da USP, “o imposto mínimo é uma forma engenhosa de aumentar a progressividade do sistema tributário”. Atualmente os mais ricos pagam, em média, apenas 5% de seus rendimentos em tributos, enquanto trabalhadores assalariados, até 40%.

Para Manoel Pires, especialista da FGV, a ideia de que taxar milionários causaria fuga de capitais ou desincentivaria investimentos não se sustenta. Isso só aconteceria em países onde os tributos sobre os mais ricos são muito altos, o que não é o caso do Brasil. A proposta do imposto mínimo é vista como uma oportunidade de ajustar o sistema e enfrentar a desigualdade, colocando o país em linha com práticas internacionais mais justas.

Reverter a concentração de riqueza

A criação do imposto sobre a parcela mais privilegiada da população seria parte da segunda fase da reforma tributária, que deve focar na tributação de renda, após a primeira fase ter tratado dos impostos sobre o consumo. Essa reforma é essencial para reverter a concentração de riqueza, uma vez que o Brasil, desde 1995, não tributa dividendos, o que favorece grandes fortunas. A correção dessas distorções ajudaria a aliviar o peso sobre os trabalhadores de menor renda e reduzir as desigualdades sociais.

Embora o governo trate o tema com cautela, a imprensa afirma que há fortes discussões para avançar com a medida. Em todo caso, a proposta seria um passo concreto na direção de “incluir os ricos no imposto de renda e colocar os mais pobres no orçamento”, como deseja o presidente Lula.

Leia maisEfeito Lula: FMI eleva de 2,1% para 3% previsão de alta do PIB do país em 2024

PT Nacional

 

Está gostando do conteúdo? Compartilhe!

Postagens recentes

CADASTRE-SE PARA RECEBER MAIS INFORMAÇÕES DO PT NA CÂMARA

Veja Também

Jaya9

Mostbet

MCW

Jeetwin

Babu88

Nagad88

Betvisa

Marvelbet

Baji999

Jeetbuzz

Mostplay

Melbet

Betjili

Six6s

Krikya

Glory Casino

Betjee

Jita Ace

Crickex

Winbdt

PBC88

R777

Jitawin

Khela88

Bhaggo

jaya9

mcw

jeetwin

nagad88

betvisa

marvelbet

baji999

jeetbuzz

crickex