Trabalhador brasileiro vive nova fase, avaliam deputados

40horasA data de 1º de maio de 2010, além de destacar as conquistas, aponta para novas perspectivas para os trabalhadores. A expectativa é tratar com maior intensidade a questão da redução da jornada de trabalho e da redução dos acidentes de trabalho. “O trabalhador vive uma nova fase que, no governo anterior, nem sonhava que poderia discutir “, afirmou o vice-líder do governo Gilmar Machado (PT-MG).

“A realidade hoje é outra. Nós criamos uma nova dinâmica de mercado de trabalho, que permite aos sindicatos negociar com força, porque o Brasil está crescendo e necessita de mão-de obra, e enfrentamos uma crise econômica com firmeza. É importante reduzir os acidentes de trabalho, reduzir a mortalidade dos trabalhadores e também construir um ambiente de negociação com os empresários”, avaliou o deputado Ricardo Berzoini (PT-SP).

Uma das reivindicações recentes das centrais sindicais é a redução da jornada de trabalho para 40 horas. Segundo Berzoini, esse é um tema polêmico e requer negociações .

“Aqui no Congresso Nacional temos de ter claro que a força dos empresários é grande. Uma boa parte do empresariado ainda é contra a redução da jornada. É fundamental tentar negociar um projeto que tenha viabilidade de ser aprovado. Não adianta simplesmente levar a matéria a plenário. É fundamental chegar a um entendimento. Se não for possível, mobilizar os trabalhadores para pressionar pela aprovação”, disse.

Ele destacou ainda que o Congresso já está na reta final do primeiro semestre e há pouco tempo para a mobilização.”É preciso que as centrais e parlamentares definam um calendário para tentar convencer os empresários e seus deputados aqui na Casa a negociarem uma saída intermediária que permita a redução da jornada”, disse.

Em sua opinião, essa alternativa passaria por um escalonamento, ou por tamanho de empresa, ou por tempo para implementar a medida. “É obvio que essa medida tem impacto diferenciado para empresas muito tecnológicas e pequenas e médias que têm base maior de mão-de-obra. Ao mesmo tempo, temos de avaliar se é o caso de projetar no tempo uma data para a implementação gradual da redução de jornada. Não reduzir de 44 horas para 40 horas de uma vez, mas reduz para 43 horas dentro de um ano, para 42 horas dentro de dois anos, por exemplo. É claro que a proposta ideal é 40 horas pra todos. Mas se houver uma proposta que seja factível e que os empresários se comprometam com ela, eu não vejo nenhuma resistência dos sindicalistas e trabalhadores em negociá-la”, defendeu Berzoini.

A deputada Fátima Bezerra (PT-RN) defendeu a aprovação, pelo Congresso, do projeto que trata do piso salarial dos agentes comunitários de saúde, “e respeito no cumprimento da lei no que se refere ao piso salarial das professoras e professores de todo o Brasil. Vamos avançar na pauta, em defesa dos direitos dos servidores e dos trabalhadores”, afirmou.

Gabriela Mascarenhas

 

Está gostando do conteúdo? Compartilhe!

Postagens recentes

CADASTRE-SE PARA RECEBER MAIS INFORMAÇÕES DO PT NA CÂMARA

Veja Também