Nesta quarta-feira (16), Dia Mundial da Alimentação, a Bancada do Nordeste esteve reunida com a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, para fazer um balanço dos 10 anos do Bolsa Família e discutir ações do órgão para a região.
Para o deputado Pedro Eugênio (PT-PE), coordenador da Bancada, a visita da ministra foi muito importante neste momento em que o Bolsa Família completa dez anos de existência e tem a sua eficácia cada vez mais reconhecida. “Trata-se de um programa estruturante do desenvolvimento brasileiro. Tem a marca de um programa social, mas talvez seja o principal programa econômico do nosso governo nos últimos dez anos”, afirmou o deputado pernambucano.
Tereza Campello destacou inúmeros dados que atestam o êxito do programa, especialmente em relação à região Nordeste. “De longe, a agenda do Bolsa Família e do Brasil sem Miséria no Nordeste tem um impacto excepcional”, disse a ministra.
“Dez anos depois, não estamos mais discutindo o Bolsa Família do ponto de vista ideológico e conceitual. Nós temos estatísticas contundentes que mostram que o Bolsa Família é um sucesso e que transformou a realidade do Brasil em várias áreas”, acrescentou a ministra.
O deputado Jesus Rodrigues (PT-PI) propôs à ministra que refletisse sobre a implantação de pequenas unidades produtivas para famílias cadastradas no programa nas cidades e regiões mais pobres do País. “Imagine quantos milhões de empregos nós estaríamos gerando no campo e se essa possibilidade – com formato de produção e venda local – fosse implementada”, sugeriu Rodrigues, citando o exemplo de uma usina de etanol em Palmeira do Piauí (PI) que produzirá 300 litros por dia do biocombustível.
Pensando na redução das disparidades regionais, o deputado Amauri Teixeira (PT-BA) expressou opinião semelhante. “O Nordeste precisa de alternativas de desenvolvimento para minimizar ainda mais as desigualdades sociais e regionais”, resumiu Amauri.
Para o deputado Assis Carvalho (PT-PI), o Bolsa Família “é uma política muito acertada, que conseguiu tirar milhões de pessoas da pobreza” e que tem programas muito importantes associados, como o Centro de Referência de Assistência Social (Cras). Assis sugeriu à ministra a expansão dos centros para municípios menores. “É um programa que tem salvado muitas vidas, vítimas da violência doméstica, das drogas e de outros problemas, mas que está limitado às cidades com mais de 20 mil habitantes. Seria importante se pudéssemos dar o passo seguinte, incluindo cidades a partir de 10 mil habitantes, até alcançarmos todos os municípios”, defendeu o parlamentar piauiense.
Para o deputado Fernando Ferro (PT-PE), o programa tem “um aspecto humanitário impressionante” e alterou profundamente, para melhor, a realidade social de milhões de famílias. “Um senhor me falou uma vez que, antes do Bolsa Família, a feira da sua cidade acabava às 10 da manhã, mas depois do programa, a feira só acaba às 4 da tarde. Isso mostra o impacto que o Bolsa Família teve sobre a economia local”, relatou Ferro.
O presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara, deputado Nelson Pellegrino (PT-BA), também participou da reunião.
Semiárido – A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) também participou da reunião e anunciou a realização, entre 29 de outubro e 1º de novembro, do 5º Semiárido Show, em Petrolina (PE). O evento, em formato de feira, terá como foco desta edição as ações voltadas para produtores do Programa Brasil Sem Miséria.
Rogério Tomaz Jr.
Foto: Gustavo Bezerra