O deputado Jorge Solla (PT-PT) denunciou nesta terça-feira (16), em pronunciamento na tribuna da Câmara, que o governo ilegítimo de Michel Temer anunciou a venda de inúmeras plataformas de petróleo da Petrobras por um valor ínfimo comparado ao seu custo de produção. As plataformas P-59 e P-60, construídas e atracadas na Bahia, custaram cerca de US$ 360 milhões cada e foram colocadas à venda em oferta a US$ 30 milhões, equivalente a 8,3% do valor de custo.
“Venderam duas das melhores plataformas do mundo. Estão destruindo o patrimônio da população brasileira, em pouco tempo, arrasando mais do que os tucanos, aquelas aves de rapina, conseguiram em 8 anos, em todas as áreas”, criticou Solla.
Plataformas com a dimensão da P-59 e P-60 – entregues em 2012 e 2013, respectivamente – não eram construídas no Brasil desde a década de 1980. A capacidade de perfuração das sondas é de 9 mil metros, o que permite a extração de óleo da camada do pré-sal.
“É um cenário extremamente preocupante que estamos vivendo neste País. Esse governo golpista, que não foi eleito pela população, está correndo contra o tempo, tentando fazer uma destruição do patrimônio público maior do que Fernando Henrique Cardoso e os tucanos conseguiram fazer em 8 anos de dois governos eleitos. O que estão fazendo com a Petrobras agora é escandaloso”, enfatizou o parlamentar baiano.
“Todo o patrimônio brasileiro é vendido pelos tucanos, pelo Democratas, por todos esses partidos de direita. Alguém acredita que se vai resolver alguma coisa vendendo a Petrobras? Vocês estão é pagando a conta que Serra combinou com a Shell e com a Exxon antes do golpe”, disse Solla, referindo-se diretamente aos parlamentares golpistas presentes no plenário Ulysses Guimarães.
Reformas – Jorge Solla também explicitou os verdadeiros interesses por trás das reformas de Temer. “Ninguém acha que a proposta de mudança na Previdência que vocês estão fazendo é para dar sustentabilidade. É para pagar a conta que vocês firmaram com os bancos e com as seguradoras para aumentar a previdência privada”, apontou.
“Ninguém, em sã consciência, acha que vai aumentar o número de postos de trabalho com a reforma trabalhista. É para baratear a contratação do trabalhador para pagar a conta com a FIESP, com aqueles donos daqueles patos amarelos”, finalizou o petista.
Rogério Tomaz Jr.