Ao mentir de forma deslavada sobre seu governo, o ilegítimo Michel Temer selou seu destino insignificante para mundo ao discursar, nesta terça-feira, aos líderes mundiais que participaram da 73ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York. Em seu discurso de despedida, ele distorceu fatos, cometeu equívocos e tentou disfarçar para a comunidade internacional a realidade que o Brasil passou a viver a partir do golpe, do qual ele foi artífice.
“Dissemos não ao populismo e vencemos a pior recessão de nossa História. […] Recolocamos as contas públicas em trajetória responsável e restauramos a credibilidade da economia. Voltamos a crescer e a gerar empregos. Programas sociais antes ameaçados pelo descontrole dos gastos puderam ser salvos e ampliados. Devolvemos o Brasil ao trilho do desenvolvimento. O país que entregarei a quem o povo brasileiro venha a eleger é melhor do que aquele que recebi”.
As falas de Temer não condizem com o que seu governo realmente realizou. Uma administração que empurrou 23,3 milhões de pessoas para a pobreza, que retirou direito dos trabalhadores, que deixou 13 milhões de desempregados e que congelou investimentos públicos por 20 anos, além de promover corte de 50% no programa Bolsa Família, paralisar obras do “Minha Casa Minha Vida” por todo o País e fazer a economia nacional encolher em até 3,3% em maio desse ano.
No início de seu discurso, Temer declarou que três pontos devem ser combatidos pela comunidade internacional: “isolacionismo”, intolerância e unilateralismo. Em sua fala, o ilegítimo citou a imigração de venezuelanos e afirmou que é dever do Brasil defender os direitos dos refugiados, mas esqueceu de mencionar o estado de Roraima, centro de uma crise imigratória no Brasil, e as medidas adotadas pelo seu governo para controlar os conflitos, como a autorização de forças armadas no local e o plano de utilizar senhas para limitar a entrada dos venezuelanos.
“O Brasil tem recebido todos os que chegam a nosso território. São dezenas de milhares de venezuelanos a quem procuramos dar toda a assistência […] Emitimos documentos que os habilitam a trabalhar no País. Oferecemos escola para as crianças, vacinação e serviços de saúde para todos. Mas sabemos que a solução para a crise apenas virá quando a Venezuela reencontrar o caminho do desenvolvimento”.
Temer também anunciou que seu governo muito fez em nome dos Direitos Humanos e que o País tem trabalhado pela defesa da democracia. O mesmo já foi denunciado à ONU por violar os direitos humanos ao colocar o Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos em secretarias subordinadas ao Ministério da Justiça e Cidadania, causando perda de garantias expressas na Constituição. Além disso, Michel também acabou com direitos dos trabalhadores ao aprovar a Reforma Trabalhista.
Ao fim de seu discurso, Temer falou sobre as eleições no Brasil e o direito de – como país democrático – o povo escolher seus líderes. “Em duas semanas, o povo brasileiro irá às urnas. Escolherá as lideranças políticas que dirigirão o Brasil a partir de janeiro de 2019. Assim determina nossa Constituição, assim tem sido nos últimos quase trinta anos e assim deve ser. Porque todo poder emana do povo. Porque a alternância no poder é da alma mesma da democracia. E a nossa, senhoras e senhores, é uma democracia vibrante, lastreada em instituições sólidas”.
Michel Temer ignorou o fato de ter assumido o governo através de um golpe parlamentar e não por decisão democrática da população que contrariou 54 milhões de eleitores. O último discurso de Temer foi um reflexo direto de seu governo irresponsável, que agride e ignora o povo e mente descaradamente.
Por Redação da Agência PT de Notícias