Duas décadas após sua criação pelo presidente Lula, em 2003, o programa Bolsa Família comprova o rompimento da pobreza no Brasil.
Um estudo divulgado pelo Instituto Mobilidade e Desenvolvimento Social (IMDS) aponta que o maior programa de transferência de renda do país, reconhecido internacionalmente, mudou a trajetória de inúmeras famílias brasileiras e os tiraram da pobreza permanentemente.
A pesquisa conclui que o Bolsa Família é uma “superação geracional” e que 64% dos filhos do programa mudaram suas vidas com o benefício, conseguiram prosperar e não precisam mais da transferência de renda pelo governo federal.
20 anos depois de sua criação, Bolsa Família prova que rompeu ciclo de pobreza de muitas famílias. Estudo do Instituto Mobilidade e Desenvolvimento Social mostra que 64% dos dependentes de 7 a 16 anos do programa em 2005 não precisavam mais do Bolsa Família depois de adultos, em…
— Gleisi Hoffmann (@gleisi) September 12, 2023
Conforme o IMDS, fundado pelos economistas Armínio Fraga e Paulo Tafner, foi constatado uma série de estudos sobre o destino dos filhos de beneficiários do Bolsa Família.
Dependentes do programa entre 7 e 16 anos, que passaram a receber o benefício em 2005, não estavam mais no Cadastro Único (CadÚnico) 14 anos depois, em 2019, quando essas pessoas já tinham entre 21 e 30 anos.
A pesquisa foi celebrada pelo presidente Lula nas redes sociais, onde ele afirma que o estudo é mais uma prova da importância das políticas públicas sérias de transferência de renda e educação, quebrando o ciclo da pobreza e produzindo um país mais justo.
Acesso ao mercado de trabalho e estudos
Outra informação relevante dos benefícios que o Bolsa Família traz para o povo brasileiro é de que 45% dos jovens passaram a acessar o mercado de trabalho formal pelo menos uma vez entre 2015 e 2019.
O acesso ao emprego foi mais frequente entre homens, com 51% no mercado de trabalho. O alcance das mulheres foi de 39%, segundo o estudo. Os dados afirmam ainda que 55% dos trabalhadores e trabalhadoras eram brancos, 45% negros ou negras, e 31% de indígenas.
Sensacional. Pesquisa sepulta de vez o argumento da direita retrógrada de que o Bolsa Família não emancipa as pessoas. Após 14 anos de programa, 64,1% dos beneficiários entre 7 e 16 anos saíram do CadÚnico e apenas 20% dos filhos dos que foram atendidos ainda permanecem nele. pic.twitter.com/uishG475at
— Décio Lima (@deciolimapt) September 12, 2023
A pesquisa revela ainda que o nível de escolaridade dos pais também influencia o acesso ao mercado de trabalho. Segundo o estudo, o acesso mais frequente é de filhos e filhas de pais com ensino médio completo, atingindo 51%. Já o acesso aos estudos com dependentes de pais com ensino fundamental incompleto é de 38%.
O diretor-presidente do IMDS, Paulo Tafner, afirma “que a taxa de saída do Cadastro Único leva a entender que as condicionalidades do programa surtiram efeito, e que a manutenção da criança na escola e os cuidados com sua saúde permitiram que essas crianças acumulassem capital humano que lhes garantisse um emprego formal e que lhes tirassem da pobreza”.
Leia ainda: Bolsa Família: 45% dos dependentes de beneficiários conseguiram emprego formal
De todos os beneficiários do Bolsa Família que tinham entre 5 e 16 anos em 2005, praticamente dois terços (64,1%) estão fora do programa hoje. Milhares são doutores e estão ajudando o Brasil a se desenvolver. A porta de saída é real e o nome disso é POLÍTICA PÚBLICA! pic.twitter.com/1HV6UDU1ya
— Dep. Alencar Santana (@AlencarBraga13) September 12, 2023
PTNacional, com informações da BBC Brasil