Jair Bolsonaro, que embarcou pela primeira vez para fora do Brasil em seu mandato, já está passando vergonha também fora do Brasil. Antes mesmo de abrir a boca no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, ele já está sendo recebido com protestos.
Neste final de semana, sindicatos suíços e ativistas foram às ruas com cartazes contra Bolsonaro e também contra o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. Em um dos cartazes é possível ver uma foto dos dois com a mensagem: “not welcome” (não são bem-vindos).
Grupos de brasileiros que estão na Europa também se pronunciaram. O Coletivo GRITO, grupo Brasil pela Democracia – Suíça, Comitê Lula Livre em parceria com o Solidarités e outras organizações se reuniram na Place de la Navigation para uma manifestação contra os governos autoritários mundiais e por uma economia sustentável.
Bolsonaro, subserviente a Donald Trump e que fazia planos para encontrá-lo em Davos, terá que lidar com a frustração de não ver seu mito. O presidente americano, e também líderes de outros locais como França e Reino Unido cancelaram suas participações de última hora.
A “comitiva” de Bolsonaro conta com Sérgio Moro, que curiosamente não se pronuncia mais sobre escândalos de corrupção, do chanceler Ernesto Araújo – conhecido por comentários “delirantes”, e com seu filho Eduardo Bolsonaro, que, mesmo não estando na programação oficial, disse em seu Twitter que também falará em Davos sobre Venezuela.
Outro fato curioso da visita de Bolsonaro a Davos foi sua coletiva de imprensa, marcada para terça-feira (22) ter “sumido” da programação oficial. Jair, que não recebe a imprensa de seu país e não dá explicações sobre os escândalos que envolvem sua família, também vai se calar em território internacional mostrando bem o seu caráter antidemocrático já peculiar.
Agência PT de Notícias