O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, agendou para a sessão desta quinta-feira (5) o julgamento do pedido da Rede Sustentabilidade para afastar o deputado Eduardo Cunha da presidência da Câmara. A ação da Rede, protocolada na terça-feira (3), está sendo relatada pelo ministro Marco Aurélio Mello.
O partido argumenta que, em razão de ser réu em uma ação penal da Lava Jato, o peemedebista não pode estar na linha sucessória à Presidência da República.
O julgamento não estava previsto inicialmente na pauta desta quinta-feira do STF, no entanto, foi incluído a pedido de Marco Aurélio Mello.
Em discurso no plenário, a deputada Moema Gramacho (PT-BA) cobrou um posicionamento de todos os parlamentares com relação ao afastamento de Eduardo Cunha, já denunciado no STF em seis processos e que é réu acusado de lavagem de dinheiro.
Nesta semana, a Procuradoria-Geral da República apresentou novos pedidos de investigação contra Eduardo Cunha. Além disso, o Conselho de Ética da Câmara analisa processo de cassação do mandato de Cunha por ter mentido na CPI da Petrobras.
“Gente, é uma vergonha! Em tudo quanto é escândalo Eduardo Cunha está presente. Eu não sei por que esse elemento ainda continua presidindo esta Casa, e os deputados não reagem. É um absurdo que vocês sejam coniventes com isso! Já está passando da hora de os deputados tomarem vergonha e dizerem que não participam mais de sessão presidida por Eduardo Cunha. Não tem um escândalo no qual ele não esteja envolvido. Será que a vergonha não vai chegar para os parlamentares desta Casa? Não é possível isso!”, questionou a parlamentar petista.
Gizele Benitz com agência
Foto: Gustavo Bezerra/PT na Câmara
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