O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), arquivou um inquérito da Lava Jato que investigava há quase um ano o deputado Zeca Dirceu (PT-PR). A decisão atendeu a um pedido do ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot. O caso está em segredo de Justiça. O deputado destacou que não tinha dúvidas sobre o resultado do processo.
Ao tomar conhecimento da decisão de Fachin, Zeca Dirceu afirmou que desde o início da investigação se dispôs a esclarecer todos os fatos e colaborar com a Justiça. Segundo ele, não havia dúvidas que o caso se encerraria com o arquivamento do inquérito. “Sempre afirmei que não havia qualquer fato que ligasse meu nome a qualquer tipo de negócio duvidoso ou esquema criminoso, como ficou demonstrado ao final do inquérito, tanto pelo Ministério Público Federal, e também, agora, pelo ministro Edson Fachin”, disse o parlamentar.
O inquérito tinha por base a delação premiada do empresário Milton Pascowitch, que descrevia contratos superfaturados entre a Diretoria de Serviços da Petrobras e a empresa Hope. Porém, no pedido de arquivamento, o então procurador Janot, afirmou que não foi constatada a participação do deputado Zeca Dirceu nos possíveis crimes, e que “nem se verificam novos rumos investigatórios”.
Zeca Dirceu também ressaltou que, apesar do arquivamento, ficam os prejuízos causados à sua imagem. “A forma como a imprensa usou esse inquérito para me condenar, antes da sua conclusão, foi inescrupulosa. Mas sempre tive minha consciência tranquila e paciência para que, finalmente, tudo fosse esclarecido e, como de fato ocorreu, o inquérito fosse arquivado”, comentou o parlamentar.
O deputado lembrou, ainda, seu histórico de coerência, decência e honestidade. “Tenho uma vida íntegra. Em 17 anos de vida pública, ocupei inúmeros cargos, nunca fui condenado, nem sequer denunciado por qualquer ato de corrupção. Passei por inúmeras perseguições, nunca fui poupado. Fui sempre investigado a exaustão, algumas vezes injustamente, como neste caso de agora”, concluiu.
(AP)