O setor público brasileiro registrou déficit primário de R$ 39,1 bilhões em novembro, pior resultado para o mês da série histórica iniciada pelo Banco Central (BC) em dezembro de 2001. O número – que representa o quanto o governo gastou a mais que suas receitas – demonstra a contínua deterioração das contas públicas em meio à recessão econômica e comprova o fracasso do projeto golpista de Michel Temer e de Henrique Meirelles.
O dado, divulgado nesta terça-feira (27) pelo BC, foi puxado pelo rombo de R$ 39,876 bilhões registrado pelo governo central (governo federal, Banco Central e INSS). Enquanto isso, estados e municípios fecharam suas contas com superávit de R$ 421 milhões, e as empresas estatais registraram saldo de R$ 314 milhões de reais. Nos acumulado de janeiro a novembro, o déficit primário do setor público alcançou R$ 85 bilhões.
No mesmo período de 2015 também houve déficit, mas bem menor: R$ 39,5 bilhões. No acumulado de 12 meses até novembro, o déficit primário chega a R$ 156,8 bilhões, o equivalente a 2,50% do Produto Interno Bruto (PIB). Em relação a outubro, houve aumento de 0,30 ponto percentual.
Para o ano, a meta fiscal é de déficit primário ainda mais alto, de 163,9 bilhões de reais para o setor público consolidado, equivalente a 2,6 por cento do PIB. Se confirmado, o dado será o pior já registrado pelo país e o terceiro consecutivo no vermelho.
Refletindo o persistente desarranjo fiscal, a dívida bruta do País foi a 70,5 por cento do PIB, acima dos 69,5 por cento do mês anterior. A dívida líquida subiu a 43,8 por cento do PIB em novembro, ligeiramente superior aos 43,7 por cento de outubro.
PT na Câmara, com site Brasil247 e Reuters