Sistema elétrico segue robusto, seguro e sem risco de apagão

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Uma reportagem de mais de 15 minutos exibida pelo programa Fantástico, da Rede Globo, traçou na noite do último domingo (6) um panorama tenebroso do sistema elétrico brasileiro, falando de descompasso de obras, atraso no início de operação, prejuízos financeiros… Tudo isso, segundo a matéria, por problemas de gestão e de planejamento, o que teria provocado o aumento da tarifa de energia. Mas toda a argumentação negativa finda com a seguinte conclusão: o País não corre perigo de apagão, ainda que a reportagem ressalte não existir esse risco por uma queda da demanda.

Embora tente dimensionar os desafios postos ao governo no setor elétrico, a matéria omite, no entanto, dados que são relevantes para entender a complexidade do sistema e os tipos de gestão e de planejamento postos em prática pelos governos petistas nos últimos 12 anos, se comparados aos dos anos imediatamente anteriores, com governos tucanos no comando do País.

Há anos, a mídia insiste na iminência de um novo “apagão elétrico” ocorrer no Brasil, situação que não se confirmou e, como tudo indica, não se confirmará. O que há de concreto é o fato de o governo FHC ter protagonizado o único apagão real do sistema elétrico – entre 1 de julho de 2001 e 27 de setembro de 2002. Longe de ser especulação, esse episódio, sim, foi causado por falta de planejamento e de investimentos e em nada se confunde com os episódios isolados e esporádicos de blecautes que, por um motivo ou outro, ocorreram nos últimos anos.

Investimentos – Em direção contrária à falta de estratégia tucana, uma das marcas dos governos petistas no setor elétrico foi justamente haver recuperado o investimento com projetos públicos, privados e público-privados (PPP), sendo o investimento público preponderantemente realizado pelo grupo Eletrobrás. Entre 2000 e 2014, o investimento do grupo saltou de R$ 5,3 bilhões para R$ 13,9 bilhões.

“Desde a implantação do novo modelo do setor elétrico, o planejamento vem sendo a tônica do governo. Algumas obras, de fato, apresentaram atrasos, mas não por falta de planejamento. Foram por motivações ambientais ou relacionadas a questões indígenas. Além disso, hoje, sequer existe risco de apagão”, detalha o deputado Fernando Marroni (PT-RS), integrante da Comissão de Minas e Energia da Câmara.

Por duas vezes na Câmara neste primeiro semestre, o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, ressaltou que, a despeito dos desafios a serem enfrentados, sobretudo por conta da baixa das reservas hídricas, o sistema elétrico brasileiro apresenta robustez, confiabilidade e eficiência.

Na Comissão de Minas e Energia, em meados de abril, o ministro detalhou que, à época do apagão de FHC, o sistema era essencialmente baseado em hidrelétricas e apresentava desafios e limitações em suas linhas de transmissão. De 2001 até hoje, o sistema passou a ser hidrotérmico e com uma diversificação das fontes, a partir da introdução da energia eólica, da energia da biomassa, da energia térmica, da energia hidráulica e dos PCHs (usinas hidrelétricas de pequeno porte).

“Ou seja, houve uma diversificação no portfólio, o que possibilitou a entrada de diversas fontes de energia, aliada à ampliação da rede de distribuição – saímos de pouco mais de 77 mil km de linha de transmissão para algo próximo, ao fim de 2014, de 130 mil km. Quase que dobramos as linhas de transmissão nesse período, além de crescer também na geração”, reforçou o Eduardo Braga.

Um dos pontos criticados pela matéria veiculada no domingo à noite, pelo Fantástico, é justamente acerca de parques eólicos que ainda estão fora de funcionamento. Segundo declaração do ministro na Câmara, por causa do esforço dos governos petistas de diversificar a matriz energética, o Brasil está entre os cinco maiores produtores de energia eólica do planeta. “Seremos até 2020 ou 2023 um dos maiores produtores de energia eólica do mundo. Isso não é pouco”, afirmou.

No início de março, em comissão geral no plenário da Câmara, o ministro detalhou que o País saiu de uma geração de 80 mil megawatts, em 2001, para 133 mil megawatts, em 2014. Considerando a capacidade instalada entre dezembro de 2001 e março de 2015, ele explicou que houve um aumento de quase 70%.

Com relação à energia térmica, a expansão foi de 5 mil megawatts para 22 mil megawatts, no mesmo período; com a eólica, de 21 megawatts (praticamente nula dentro da matriz) para 4.888 megawatts entre 2001 e o ano passado; e com a biomassa, de 1.755 megawatts, em 2005, para 10.790 megawatts, em 2014.

PT na Câmara

Foto: Ibama/MME

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