Em coletiva de imprensa, a Polícia Federal (PF) disse na segunda-feira (26), que o “JD” citado como beneficiário de R$ 48 milhões em propina na planilha da empreiteira Odebrecht não se tratava do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, como havia sido divulgado anteriormente.
Agora, segundo os investigadores, a sigla “JD” se refere ao ex-chefe de gabinete de Palocci, Jucelino Antonio Dourado. Antes, a PF e os procuradores de Curitiba disseram, com base nas suas convicções, que as anotações encontradas na planilha da Odebrecht se tratavam de valores repassados a JD Consultoria, em 2009 e 2010.
Na época, o advogado de José Dirceu, Roberto Podval, rebateu as acusações e afirmou que a associação feita pela PF não tinha cabimento. “Não tem nenhum cabimento. Tudo o que foi recebido pela JD Consultoria foi escriturado. Como alguém vai receber essa quantia sem que isso apareça na contabilidade?”, questionou.
Em agosto José Dirceu completou um ano de prisão pela 17ª fase da Operação Lava Jato. Ele foi condenado a 20 anos e dez meses de prisão por crimes como corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Das agências