Em meio à crise que abala a Europa e os Estados Unidos, o bom desempenho econômico do Brasil é reconhecido internacionalmente. A agência de classificação de risco Standard & Poors elevou nesta quinta-feira (17) a nota de dívida soberana de longo prazo do Brasil de BBB- para BBB. Segundo a agência, um dos argumentos para subir a nota em um nível no grau de investimento é o fato de o País ter mostrado capacidade para lidar com a deterioração da economia global.
Para o deputado Sibá Machado (PT-AC), o estudo da agência confirma o acerto da política econômica que o governo do PT e aliados implementa desde 2003, primeiro com o ex-presidente Lula e agora com Dilma Rousseff. “Nos rompemos com a lógica neoliberal que era uma camisa de força do governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) e implementamos um outro modelo de gestão no País”. Sibá lembrou que na época do governo do PSDB e PFL (hoje DEM), as primeiras medidas para atender às ordens do Fundo Monetário Internacional (FMI) implicavam cortes na área social e arrocho dos salários.
“Hoje, com Dilma, assim como na época de Lula, temos responsabilidade fiscal, mas o conceito é aplicado simultaneamente a um conjunto de medidas que dão uma nova dinâmica na economia brasileira, com geração de empregos, distribuição de renda, combate às desigualdades e justiça social. Tudo isso tem garantido ao Brasil um salto no seu crescimento e um novo papel no cenário mundial”, comentou. “Temos equilíbrio fiscal mas com responsabilidade social, o que eleva o nosso padrão de confiabilidade internacional”.
Comprometimento – “O governo de Dilma Rousseff vem demonstrando seu comprometimento em atingir as metas fiscais”, informou o comunicado da Standard & Poors, acrescentando que a perspectiva do Brasil é “estável”. A classificação (rating) de longo prazo em moeda local (dívida pública em reais) também foi elevado na avaliação da agência: de BBB+ para A -.
Concedido por empresas de classificação de risco, o rating serve como uma espécie de certificado para avaliar se o país vem ou não cumprindo com seus compromissos financeiros.Em comunicado, o Ministério da Fazenda informou que a melhoria da nota brasileira, em pleno momento de crise global, representa o reconhecimento de que a política econômica está na direção correta e de que os fundamentos macroeconômicos do País são sólidos.
“Em uma conjuntura em que vários países têm sofrido rebaixamento de suas classificações de risco e governos têm-se enfraquecido por conta de problemas econômicos, o anúncio da agência de rating evidencia o sucesso da gestão da economia brasileira em seu objetivo de fortalecer o País”, diz o comunicado.
De acordo com a S&P, a elevação da nota deve-se, principalmente, à manutenção do superavit primário (economia para pagar os juros da dívida pública) em torno de 3% do Produto Interno Bruto (PIB). A política fiscal, informou a Fazenda, permite maior flexibilidade da política monetária, ao abrir espaço para a redução de juros para estimular a economia em momentos de crise.
“Essa combinação de fatores, aliada à diversificação da economia e à melhora das contas externas, deve moderar os impactos de choques externos e sustentar as perspectivas do crescimento de longo prazo do País”, acrescentou o ministério.
Equipe Informes, com Agência Brasil
